“...tudo vai passar, é só esperar em Deus. Porque o amor de uma mãe enfrenta qualquer obstáculo. Somos guerreiras e transformamos qualquer dificuldade em amor”
“Tanto o fim da gestação como a chegada da criança foi e está sendo à base de muitos cuidados. Mesmo assim, em nenhum momento, se perdem a ternura e a realização deste momento para nossa família”
A gravidez é um momento especial, cheio de emoção e antecipação. Mas, para as gestantes que enfrentam o surto da doença do novo Coronavírus (Covid-19), o medo, a ansiedade e a incerteza podem afetar esse momento feliz.
Estudos recentes mostram que não há medidas preventivas diferentes para quem está grávida. Os cuidados continuam sendo os mesmos indicados para todos.
Michely Cristina de Souza tem 27 anos de idade, é recepcionista e, há pouco mais de 40 dias, sua vida se transformou novamente com a chegada da encantadora Lorena. Michely conta para a equipe que, no fim de sua gestação, o mundo já estava no início da quarentena diante da Pandemia da COVID-19. “Tanto o fim da gestação como a chegada da criança foi e está sendo à base de muitos cuidados. Mesmo assim, em nenhum momento, se perdem a ternura e a realização deste momento para nossa família”.
No caso de Michely ainda foi possível realizar o chá de bebê. “O chá de bebê foi feito, pois, na época que fiz, não estávamos em quarentena e nem estava tão alarmada a epidemia por aqui. Acredito que se eu tivesse perdido esse momento, sentiria muita falta. Agora, torço para que isso acabe logo para que as mamães que gostam, tenham essa oportunidade de reunir a família antes da chegada do bebê”.
A mamãe de Lorena também afirma que os cuidados têm sido redobrados. “Os cuidados têm sido intensos. Nós nos privamos de muita coisa, muitos amigos e familiares ainda não puderam conhecer a Lorena, pois, a visita foi suspensa, desde a maternidade…’, lamenta ela que, mesmo assim, deixa mensagem positiva para as gestantes do atual momento. “Boas energias a todas as Mamães! Em momentos como este, lembre-se de que, mesmo distante, todos estão ao seu lado e querem seu bem. Muitas boas energias estão sendo direcionadas para que fique tudo bem logo e para que possamos voltar à nossa vida normal em breve…”, finaliza ela.
Outra mamãe que acabou de ter bebê, Suzi Miguel Silva dos Santos, de 36 anos, fisioterapeuta, comenta sobre o momento que, apesar de muito crítico em relação a saúde e economia mundial, não afetou o momento de transformação e muito amor em família com a chegada da sua bebê. “Meu pai não vê a neta desde que a quarentena começou. Minha bebê não pode passear de carrinho na praça, não pode tomar banho de sol ao ar livre, não pode ter contato com o avô e a tia que moram em outra cidade. Ela não conhece outras pessoas, além dos pais e do irmão. Só saímos pra vacina e com todos os cuidados”, desabafa a mãe da pequena Maria Luísa, que completa com esperança. “É uma sensação estranha de medo, mas, costumo dizer que bebês que nasceram nesta época significam esperança. Esperança de dias melhores, tenho fé e certeza que esse dia vai chegar. Como mãe, sigo todos os protocolos de segurança pelo bem-estar dos meus filhos e damos um jeitinho para que, mesmo em casa, eles possam ter momentos de alegria e diversão. Nestes tempos difíceis que vivemos, posso dizer para todas as mamães que passam pela mesma situação que tudo vai passar, é só esperar em Deus. Porque o amor de uma mãe enfrenta qualquer obstáculo. Somos guerreiras e transformamos qualquer dificuldade em amor”, finaliza ela.
A seguir, confira as condutas indicadas pelo Médico Pediatra Dr. André Luiz Mathais Arruda para todas as mamães e bebês.
Recomendações Médicas
O Médico Pediatra Dr. André Luiz Mathias Arruda recomenda que “é importante termos noção, de uma vez, que há um recém-nascido em casa. É imperativo redobrar os cuidados de higiene, sempre procurando lavar bem as mãos antes de tocar na criança, não manipular o bebê com roupas que, por ventura, possam ter vindo da rua, como o pai que saiu e chega em breve. Em qualquer sinal ou sintoma da COVID-19, o ideal é o uso de máscara o dia todo, além de ser ideal que se evite o contato, principalmente, se houver sinais como febre, dor de garganta e tosse. A criança deve fazer seu acompanhamento pediátrico normalmente. A higienização também deve ser bem usada na hora da amamentação.
Em relação às visitas – Não aconselhamos mais visitação nesta época de isolamento social. Recomendamos aos pais apresentar o bebê aos padrinhos, amigos, familiares e avós, também com a intenção de preservar os idosos que também fazem parte do grupo de risco”.