O Dia Internacional da Mulher é comemorado há anos em vários países do mundo e é celebrado no dia oito de março devido a um trágico momento da história, quando muitas mulheres morreram carbonizadas em uma empresa, onde reivindicavam condições melhores de trabalho. Hoje, mais do que nunca, o dia é muito simbólico, pois, no decorrer dos anos, as mulheres ganharam cada vez mais espaço na sociedade, ganharam leis que as protegem, se qualificaram profissionalmente e, agora, representam uma parcela independente e cheia de próprias convicções na sociedade.
Lei Maria da Penha
A lei Maria da Penha é apenas uma das conquistas das mulheres. Com o objetivo de aumentar o rigor das punições aos homens que agridem física ou psicologicamente uma mulher, seja ela seu cônjuge ou não, a lei entrou em vigor no dia 22 de setembro de 2006 e, até então, tem sido de grande importância para a classe feminina.
Feminicídio
Outro projeto de lei que ainda aguarda por decreto e pode se tornar uma vitória para as mulheres é o Feminicídio que, por sua vez, se resume na morte de mulheres em razão de seu sexo. O projeto, que ainda irá a sanção presidencial, aguarda para que o feminicídio seja considerado crime hediondo e homicídio qualificado e prevê o aumento da pena em um terço se o crime acontecer durante a gestação ou nos três meses posteriores ao parto; se for contra adolescente menor de 14 anos ou adulto acima de 60 anos ou ainda pessoa com deficiência. Também ocorre se o assassinato for cometido na presença de descendente ou ascendente da vítima.
Sem preconceito
Lilian Bianchin é Guarda Municipal na cidade de Cosmópolis. Ela declara:
“O Dia Internacional da Mulher é um dia reservado para a comemoração, porém, todo dia é o dia da mulher. Ela tem um papel muito importante na sociedade, se destaca cada vez mais e mostra, cada vez mais, a sua importância”.
Questionada sobre possível preconceito em sua profissão, ela relata:
“Graças a Deus, nunca sofri nenhum preconceito em minha profissão. Por parte do Comando onde eu trabalho, inclusive, a mulher sempre é valorizada e muito respeitada. Nós ocupamos cargos compatíveis aos dos homens e isso é uma vitória”.
Lilian Bianchin, Guarda Municipal de Cosmópolis
Tão inteligente quanto o homem
Maura Cristina Stahl é Administradora Hospitalar e diz:
“Eu acho o Dia Internacional da Mulher muito importante. Antigamente, não se tinha esse valor para a mulher, apenas o homem era importante para a sociedade, era o homem quem trazia o dinheiro para casa e que sustentava a família toda. Hoje, as mulheres dividem tanto as tarefas de casa quanto as de fora com igualdade. Ela foi valorizada e merece esse dia como um troféu pelas mudanças e pelo respeito conquistado”.
Maura também conta que uma grande parte do seu quadro de funcionárias é responsável pelo lar.
“Aqui no Hospital onde eu trabalho, cerca de 80% das mulheres, funcionárias, são responsáveis por sustentar o lar. Então, aqui priorizamos a mão de obra feminina que é ‘pai’ e mãe dentro de casa”.
Mãe de cinco filhos, Maura conta que é mãe, profissional e dona de casa.
“Estudem, vão à luta, porque a mulher consegue e ela é tão inteligente quanto o homem, ela arregaça as mangas e ela tem um diferencial, que é saber ponderar. A mulher pondera muito mais antes de fazer as coisas; com o jeitinho dela, sabe transformar e sabe lidar com todas as situações”.
Maura Cristina Stahl, Administradora Hospitalar
Um lugar na sociedade
A Policial Militar Mariana Luchetti conta que é muito valorizada em sua profissão, além de se sentir orgulhosa da classe feminina.
“Acho que nós somos pai, mãe, tudo ao mesmo tempo. Acho a data muito justa. Além de muitas conquistas, como leis a favor da mulher, que são importantes, creio também que não é só isso, é o lugar que ocupamos na sociedade, trabalhamos, somos fortes, fazemos muita coisa ao mesmo tempo e não somos mais vistas como o sexo frágil”.
Mariana Luchetti, Policial Militar de Cosmópolis
