Dias muito quentes aumentam risco de candidíase

Sendo a estação mais quente do ano, o verão tem pouco menos de um mês para se encerrar. Porém, o calor não está tão perto de acabar. Cosmópolis vem registrando dias muito quentes, com fortes raios solares, em que a população tenta se proteger como pode – aplicando filtro solar, cobrindo mais o corpo, ou simplesmente evitando se expor nos horários mais quentes.

Entretanto, muitos esquecem que as infecções, principalmente, nas áreas do corpo que ficam cobertas e abafadas, também tendem a ser mais frequentes com o calor. Ao ir à praia ou na piscina, por exemplo, tanto as mulheres quanto os homens costumam ficar com as roupas de praia molhadas no corpo por um longo período de tempo, o que torna as partes íntimas o local ideal para os fungos se proliferarem.
De acordo com o Ginecologista Dr. Rodrigo de Angelis, a candidíase é uma infecção muito habitual causada por um fungo chamado Cândida albicans. “Normalmente, esta infecção ocorre em regiões úmidas do corpo, como, por exemplo, a cavidade bucal ou a região íntima”, informa.

A candidíase também pode ocorrer por fatores internos. “Este fungo encontra-se, na maioria das vezes, no próprio organismo da pessoa e em pequenas quantidades, sendo controlado pelo sistema imunológico. Porém, quando ocorre qualquer alteração neste sistema, pode ocorrer a proliferação do fungo e causar os sintomas”, explica o especialista.

Para evitar a proliferação do fungo, é importante secar-se bem após o banho, preferir roupas íntimas de algodão e não dividir toalhas com outras pessoas

Para evitar a proliferação do fungo, é importante secar-se bem após o banho, preferir roupas íntimas de algodão e não dividir toalhas com outras pessoas

Os fatores externos que causam a candidíase, segundo o Ginecologista, podem ser o uso de roupas úmidas e justas no verão, onde ocorre maior abafamento da região íntima. Além disso, a infecção pode atingir homens e mulheres em qualquer fase da vida. Contudo, existem algumas condições que aumentam o risco. “Por exemplo, o uso de antibióticos, pessoa com diabetes mal controlada e mudanças hormonais na gestação podem influenciar e auxiliar na infecção”, adverte. “Embora a candidíase não seja uma DST, ela pode ser transmitida também por contato sexual, o que é menos frequente do que as causas citadas anteriormente”, acrescenta ele.

Além disso, é costume de muitas mulheres usar protetores diários com frequência, o que também abafa a região e aumenta a temperatura da vagina.

No verão, os quadros de candidíase são mais comuns, porque o fungo causador da doença se prolifera com mais facilidade em meio quente e úmido. “Muitas vezes, a infecção é ocasionada pelo uso de roupas de banho molhadas por tempo prolongado, o que é comum em piscinas e praias. Pode ocorrer a proliferação até mesmo com o uso de roupas justas e abafadas, porque facilita o suor”, explica o profissional.

A candidíase apresenta sintomas bastante específicos, tanto em homens quanto mulheres. “Nas mulheres, os sintomas mais comuns são: presença de um corrimento esbranquiçado e espesso, ardor e coceira na região íntima, incômodo ao urinar e em relações sexuais. Já nos homens, são comuns a vermelhidão ao redor da parte íntima, inchaço, dor, coceira nesta região e ardência no ato sexual”, informa Dr. Rodrigo.

Uma das formas de prevenção contra a candidíase é diminuir a umidade e o abafamento das regiões atingidas. Para isso, existem alguns hábitos simples que podemos adotar no dia-a-dia. “Secar-se bem após o banho, não usar roupas justas ou úmidas, dar preferência às roupas íntimas de algodão e não dividir toalhas ou roupas íntimas com outras pessoas”, aconselha o especialista.

O Ginecologista, inclusive, conclui que a candidíase tem tratamento, que é realizado normalmente por via oral, aplicação local ou pela associação dos dois. “É importante procurar um especialista assim que os sintomas começarem a aparecer”, conclui.

Dr. Rodrigo de Angelis Ginecologista CRM: 96086 Medclin Cosmópolis

Dr. Rodrigo de Angelis
Ginecologista
CRM: 96086
Medclin Cosmópolis