Com o feriado da Sexta-feira Santa, muitas famílias vão viajar e escolhem os mais variados destinos. Como a maioria escolhe pegar a estrada de carro, é importante alertar que condições adversas podem pegar o motorista de surpresa, como neblina, chuvas, tempestades de granizo, e até mesmo alagamentos e inundações.
O especialista Ricardo Medeiros, da Autoescola Renascer, ressalta que a chuva é uma das condições adversas mais perigosas e que o maior problema dela é a falta de visibilidade. “Antes de cair na estrada, o proprietário do veículo deve garantir a limpeza do vidro e, se possível, andar com um desembaçador interno, além do desembaçador do próprio veículo. Todos os faróis devem estar funcionando, e as palhetas do limpador de pára-brisas devem ser verificadas, pois quando elas ressecam, ao invés de limparem o vidro, sujam mais e pioram a visão. A maioria das pessoas só dá importância às palhetas quando chove e elas precisam ser utilizadas”, observa.
Outro grande problema que a chuva traz para os veículos é da aderência com o solo. “A pessoa deve reduzir a velocidade a uma velocidade compatível com a segurança; também, deve manter uma distância de segurança do veículo da frente maior que a normal, que são dois segundos – portanto, quatro segundos de distância”, explica o profissional. Isso permite que o motorista faça uma frenagem de emergência sem comprometer o veículo da frente.
Outra dica do especialista é não parar, de forma alguma, no meio da pista ou no acostamento, e muito menos acionar o pisca alerta. “Um erro muito comum é ligar o pisca alerta, o que pode passar diferentes mensagens para o motorista que vem atrás: uma delas é confundir a velocidade em que o carro está, devido à pouca visibilidade; pode induzir o motorista de trás a diminuir bruscamente a velocidade de seu carro, podendo causar algum acidente. O pisca alerta deve ser acionado somente em casos de emergência, como colisões”, aconselha Ricardo.
Porém, alguns motoristas não se sentem seguros em continuar viagem com chuvas muito fortes, e preferem parar o veículo. Segundo Ricardo, ao notarem que as condições estão muito desfavoráveis para continuar, os motoristas devem parar num lugar seguro, como posto de gasolina, restaurantes, ou estradas secundárias, ou, se não houver outra opção, longe do acostamento.
Ao avistar alagamentos e inundações no caminho, existem certas atitudes que o motorista deve tomar para não correr tanto risco. “É muito comum ocorrer a aquaplanagem, que é quando, literalmente, o carro flutua ao passar por uma faixa de água. Primeiro, antes de chegar até o local alagado, o motorista deve firmar o volante e desacelerar o carro; quando estiver passando pela água, ele precisa acelerar gradativamente o carro. O maior erro que alguns condutores cometem ao passar por alagamentos é frear o carro, por desespero, o que faz com que o carro ‘gire’ na pista, podendo causar acidentes graves”, explica. Portanto, a recomendação é nunca frear o veículo em locais alagados.
Outro problema também das inundações e alagamentos é que o condutor não enxerga o que tem embaixo da água. “Quando você não enxerga, é muito perigoso haver buracos. O ideal é que a pessoa evite passar por esses locais, porque o excesso de água pode vir a fundir o motor, o carro pode ser prejudicado com algum buraco ou obstáculo no caminho, ou até mesmo uma correnteza. É um risco muito grande. Se o motorista souber dos determinados locais que ocorrem inundações constantes, o correto é evitar passar por esses lugares”, aconselha o especialista.
Ricardo acrescenta que o ideal é sempre dirigir de forma preventiva. “Ao avistar uma condição desfavorável para dirigir, o motorista deve reduzir a velocidade a uma velocidade compatível, prestar atenção redobrada, acionar todas as luzes do veículo para tornar-se o mais visível possível, manter uma distância de segurança e tomar cuidado com o embaçamento do carro. Tudo isso pode tornar a sua viagem e a de muitas outras pessoas mais segura”, conclui.
Ricardo Medeiros
Empresário
Autoescola Renascer
