Entre as memórias, lembram as festas que se destacaram pela presença de artistas como Rodrigo Santoro, Rodrigo Faro e Camila Pitanga
Nos anos 90, as festas em Cosmópolis tinham como trilha sonora os sets de Erickson Rogério Quirino de Moraes, o Lemão, e Roberto Soncini, o Véio. Eles começaram suas carreiras na empresa de som “Transasom,” criada pelo DJ Renato Trevenzolli. “Poucas pessoas sabem disso, só a galera mais antiga. O Renato foi DJ da Albatroz, e nós seguimos os passos dele”, lembra Lemão. “Somos pupilos dele, e trabalhamos na Transasom até 1998”.
Naquela época, as músicas que hoje chamamos de flashback eram as “atuais”. Lemão e Véio destacam que traziam para a cidade sons que tocavam nas capitais. “Nós comprávamos vinis importados numa loja em Campinas e já tocavamos antes mesmo de chegar nas rádios”, conta Véio.
Os DJs preferem o vinil aos formatos digitais. “Eu prefiro até hoje tocar com pickups, e sempre que posso faço uma festa com vinis”, diz Lemão. Para eles, ser DJ exige mais do que habilidade técnica; é preciso ter “feeling” para entender o que a pista quer ouvir e acertar o momento. “Tem que sentir a pista, saber o que tocar na hora certa para manter a pista animada”, explica Véio.
Sobre as dificuldades, eles se concentram mais nas conquistas. “Não vou dizer que era um desafio… estávamos sempre nos superando, e o mais difícil era nos manter no topo, fazendo a galera curtir. E deu certo, né? Até hoje, o pessoal gosta”, conta Lemão.
Entre as memórias, Véio lembra as festas que se destacaram pela presença de artistas como Rodrigo Santoro, Rodrigo Faro e Camila Pitanga. “Essas festas marcaram muito, era especial estar ali com aquelas pessoas que só víamos pela TV”, diz ele.
Atualmente, Lemão e Véio seguem outros caminhos profissionais, mas continuam com a música como um hobby. “Eu amo e me emociono em todas as festas que eu faço. É como se estivesse fazendo a primeira”, comenta Lemão. Para quem quer começar, Véio aconselha: “Primeiro, estude bastante, conheça muitos estilos, e tenha amor pela música. Hoje está mais fácil tecnicamente, mas se não tiver feeling, não adianta o melhor equipamento do mundo”.
Eles já tocaram em todo tipo de evento na cidade. “Nós tocávamos em tudo… batizado, casamento, aniversário, festas de chácaras… nos anos 90, era uma festa atrás da outra”, relembra Véio.
Para eles, a frase “Juntos somos um só…” é de extrema importância. De acordo com Lemão e Veio, é o principal motivo da ‘longevidade’ deles na música.
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