Catadora de recicláveis há sete anos revela seu maior sonho emocionada
“Preguiça a gente não tem. Saúde, graças a Deus, não falta”
Estelita de Andrade Neves, aos 57 anos, é catadora de recicláveis há sete anos. O perfil de mulher batalhadora, que não tem medo do trabalho e da ‘lida’ e que passa um bocado de dificuldades representa muitas mulheres não tão somente de Cosmópolis, mas, do país.
Para ela, o importante é pagar as contas de “água, IPTU, precisamos comer… É puxado, o sol castiga, o peso do carrinho também, mas, sou eu pela minha casa!”.
Dona Estelita é mãe de 11 filhos, porém, dois já falecidos… Dos nove, seis refizeram a vida em outras cidades e até outros estados. Em sua casa, por ela e mais três filhos, somente os recicláveis trazem o sustento. “Depois disso, conto com a ajuda de uma filha e, esporadicamente, de outros filhos, vai inteirando e a gente vai se virando…”, desabafa Estelita.
Mesmo com uma dura realidade, a catadora de recicláveis não deixa de sonhar. “Meu maior sonho é ter uma casa bem grande, sinto muita saudade dos meus filhos. Queria dar conforto para que todos pudessem morar comigo de novo!”, conta emocionada.
A esperança de dias melhores também é viva através da fé. “Sem Deus é que não somos nada, ‘né’ filha? O resto a gente corre atrás. Tenho esperança que, um dia, as coisas melhorem. Preguiça a gente não tem. Saúde, graças a Deus, não falta!”.
Feliz Dia Internacional
da Mulher
“Que um dia essa data possa fazer mais sentido para mim”, finaliza dona Estelita.