O número de drones tem crescido cada vez mais; 172% nos últimos meses, enquanto o uso profissional teve um aumento significativo de 126%, segundo o site www.droneshowla.com. Isso se deve a tecnologia estar avançando cada vez mais e possibilitando um acesso fácil para quem deseja.
Desde criança, o administrador da empresa 360 FLY, João Fernando Chiriato Moraes, se interessava por modelismo – tanto aeromodelismo, helimodelismo quanto automodelos – porém, com o surgimento de quadricópteros, ele começou a se especializar com drones.
Ele conta que aprendeu tudo sozinho e, mesmo assim, nunca teve qualquer tipo de acidente com os seus drones. Porém, sempre treinando em áreas apropriadas, como pistas de aeromodelismo e campos abertos para possíveis acidentes serem evitados. Os drones de hoje têm GPS, sensores que facilitam a pilotagem. Mas, as aulas são recomendadas para que não haja nenhum tipo de problema durante o voo.
Os drones podem ser movidos de duas maneiras, tanto com motor a combustão quanto com motor elétrico.
Existem drones com câmeras de até 4k, para que as imagens sejam feitas com precisão e o máximo de realidade possível.
Leis
“Para operar um drone dentro da lei, é necessário que sejam cumpridas três etapas: ter o registro da Anatel, um registro da ANAC e um registo da DECEA. Existe também, há mais de um ano, um regulamento no Brasil que prevê regras e leis do que se pode fazer durante um voo. São elas: limite de altura, velocidade e raio de distância para se operar dentro da cidade”, diz João.
Para uso urbano, a altura permitida é de, no máximo, quarenta metros de altura, duzentos metros de raio e é necessário que o piloto sempre esteja vendo o seu drone. Em áreas rurais, também é possível ser feito o uso do FPV, que é um óculos de realidade virtual. Para operação dos drones, também é necessário que o piloto tenha licença, dentre duas, para uso recreativo e não recreativo, que seria o uso comercial.
Para a decolagem, é necessário que seja feito um plano de voo e precisa ser checado, além do aparelho, o software. É preciso ter um número mínimo de satélites. Assim, caso algum fator faça perder o raio de comando, o software, junto com os satélites e a configuração pré-voo, “levam” o drone até você.
Popularização
Dentro do site da DECEA, existe uma página dedicada somente para drones, que é chamada de Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas RPAS/Drones. Através desta página, é possível fazer um cadastro e, sempre que um voo for feito, é necessário fazer uma solicitação de voo; onde é colocado o local em que se deseja voar, a altitude, raio de distância e qual o horário que se deseja fazer esse voo – a autorização é enviada através de um e-mail. No pré-cadastro feito no site da DECEA, contém todos os dados do piloto e do drone. É importante ressaltar que se a solicitação não for feita ou aprovada, o voo não pode ser feito. Caso contrário, o piloto estará totalmente fora das normas.
Os drones necessitam de um adesivo que os identifiquem, com os dados do piloto e o número da licença.
“O uso do drone vem crescendo diariamente de uma maneira absurda. Eu uso o meu drone para fazer fotos, filmes e estou terminando um curso em que eu consigo fazer um levantamento topográfico com drone. Através do sistema de aerofotogrametria, eu consigo fazer medição de áreas, desnível de terreno, movimentação de terra”, conta.
Outras utilidades
Alguns drones são para a leitura de placas de veículos, identificar um motorista sem cinto de segurança, para policiais e Prefeituras fazerem levantamentos de áreas. Também há lugares em que os drones fazem entregas de medicamentos, jogam boias salva-vidas, entre outras infinidades de possibilidades em que o drone pode auxiliar, além de serem usados também na agricultura.
O preço médio dos drones varia a partir do seu fator de compra. Vai de R$ 100,00 para diversão até os mais sofisticados de R$ 200 mil. Quanto mais caro o drone, melhores e mais recursos ele apresenta.