Para fugir do script de samba, axé, frevo e outros ritmos, o turista encontra diversas opções de eventos
Uma consulta ao Calendário Nacional de Eventos, do Ministério do Turismo, mostra que o mês de fevereiro oferece muitas opções para o turista que deseja viajar durante o carnaval e fugir da folia tradicional. São eventos turísticos que, a exemplo do carnaval tradicional, divulgam o turismo brasileiro e agregam valor à imagem e à economia dos destinos. A Agência de Notícias do Turismo reuniu algumas opções para aqueles que não querem ficar em casa no feriadão.
Em Buritama (SP), interior de São Paulo, os dias de carnaval são marcados pela Festa do Milho. O festival oferece pratos da gastronomia caipira feitos com milho, entre eles, a comida típica do município, conhecida como Quenga (um caldo de milho com pedaços de frango). A festa atrai muitos visitantes da região.
Já pertinho do carnaval do Rio de Janeiro, entre os dias 24 e 1º de março, o Retiro de Yoga e Workshop Vivencial com Tarô Mitológico foge até do padrão dos tradicionais retiros religiosos. O carnaval exotérico de Petrópolis (RJ) proporciona autoconhecimento, alimentação saudável, além de vivência cultural e artística em meio à Mata Atlântica da região serrana.
Na Serra de Guaramiranga (CE), o clima ameno convida para o Carnaval Alternativo Festival Jazz e Blues, que acontece entre os dias 25 e 28 de fevereiro. A programação conta com shows, oficinas, Jam Sessions e Jazz ao pôr do sol. Já em Belo Horizonte (MG), dá para fugir dos bloquinhos de rua para curtir o MixBeer. A Parada Cervejeira 2017 tem desfiles e concursos de beer trucks, blocos cervejeiros, cervejarias, gastronomia, blocos carnavalescos, bandas, espaço para crianças e DJs, entre outras atrações, onde a diversidade do universo cervejeiro se une ao carnaval mineiro.
Em Teresina (PI), um evento tradicional realizado desde a década de 40 é responsável pela abertura do carnaval. O Corso Teresina reúne 300 mil pessoas no dia 18 de fevereiro em um desfile de carros decorados e motoristas fantasiados. O concurso atrai visitantes e aquece a economia com a ocupação dos hotéis e restaurantes, comércio ambulante e demais atividades em função do evento. O percurso de 3 quilômetros dura 5 horas com carros e foliões a pé se divertindo e puxados pelo Rei Momo e Rainha do Carnaval.
A terra do frevo, Gravatá (PE), no agreste pernambucano, investe em uma intensa programação – de 25 a 28 de fevereiro – com shows de jazz. O Gravatá Jazz Festival conta com atrações nacionais e de fora do Brasil. Para não destoar da tradição carnavalesca do estado, a novidade será o encontro das orquestras de frevo e jazz. Os músicos do festival também vão se apresentar nos restaurantes da cidade após a programação oficial. O clima ameno da serra e a gastronomia são outros atrativos da cidade.
CAPITAL DA FÉ – O maior polo agroindustrial do Centro Oeste, Anápolis (GO), realiza o carnaval religioso Celebrai, Anápolis é do Senhor. Mas é Palmas (TO), no Norte do Brasil, que atrai até 50 mil pessoas por noite no Palmas Capital da Fé. Os ritmos são variados: rock, sertanejo, black music, MPB, hip hop, calypso, axé e arrocha. A folia gospel vai reunir 32 atrações em cinco noites. As bandas se revezam em dois palcos da Vila Olímpica onde ocorreram os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas em 2015.
Ao buscar um nicho de turismo diferente dos carnavais das outras capitais, sem concorrer com o modelo tradicional, o carnaval de Palmas, além de atrair visitantes e movimentar a economia do turismo, evita que a população local escape para outros destinos. A Vila Gastronômica conta com 60 estandes e, entre os destaques, estão os pratos vencedores do Festival Gastronômico de Taquaruçú (distrito de Palmas).
TAQUARUÇÚ – Além da arquitetura moderna com seus palácios e o traçado urbano planejado, a mais jovem capital brasileira tem muitos atrativos naturais. No distrito de Taquaruçú, famoso pelas cachoeiras e esportes de aventura, os visitantes participam do desfile de bonecos, queima de tambores e da caça à cobra Boiúna até a aldeia Taboka Grande. O encontro dos bonecos e a cobra (formada por 10 mulheres) é marcado com cânticos, coreografias e a companhia de outros personagens: Mãe-Bá, Imperial, Maculelê, Tabocão e cavalinhos, representados por crianças. Já o ritual da queima simbólica dos tambores é acompanhado por cânticos e danças ao som do berimbau. Os visitantes e moradores fazem seus pedidos e depositam cavacos de madeira nas toras (Curimbó) em chamas, simbolizando a renovação. Trata-se de mais um diferencial do carnaval do Tocantins