Economia de água ainda se faz importante atualmente

O consórcio que representa cidades e empresas da Bacia dos Rios Piracicaba (Rio Jaguari), Capivari e Jundiaí (PCJ) almeja, dentro dos próximos dez anos, ficar com pelo menos 31% da água do Sistema Cantareira.

Apesar da grande porcentagem, Nivaldo Cesar Evangelista, Engenheiro Civil do Departamento de Água e Esgoto (DAE) da cidade de Cosmópolis, confirma que o fato não interfere na cidade, já que a represa que abastece o município é formada pelo Rio Pirapitingüi. “Nosso abastecimento, aqui em Cosmópolis, na verdade, vem pelo Rio Camanducaia, que passa por Holambra e, quando chega aqui, forma nossa represa. Após cheia, nossa represa, o que sobra dela, o que acaba saindo dela, é a água que vai para o Jaguari. Por esse fato, não interfere em Cosmópolis, nós é que somos afluente do Rio Jaguari”.

Ainda segundo o engenheiro, a situação atual dos níveis de água da região é estável, porém, a economia virou obrigação em qualquer circunstância após as últimas crises hídricas. “O que temos notado é que nossa represa, pela época, não está tendo problema de vazão. Com o Pirapitingüi, por enquanto, nós não temos problemas, porém, continuamos com a fiscalização nas ruas mesmo assim. Pedimos o racionamento e notificamos a população. Este ano, até a presente data, choveu menos que a média, porém, mais que no ano passado”.

Diante da atual situação, o município não prevê que a cidade passe por uma crise hídrica de tamanha intensidade como no ano de 2014.

Apesar de tudo, uma possível baixa vazão no Rio Jaguari pode acarretar conseqüências no abastecimento de Cosmópolis. O consórcio PCJ disponibiliza uma ‘Sala de Situação’ para que cada município consulte o estado hídrico em tempo real. Atualmente, o Rio Jaguari consta o status ‘Sem Restrição’, porém, se o mesmo ficar em estado de alerta ou com restrição, automaticamente, o abastecimento da cidade começa a ser afetado.

Nivaldo Cesar Evangelista, Engenheiro Civil do DAE Cosmópolis

Nivaldo Cesar Evangelista, Engenheiro Civil do DAE Cosmópolis

“O que acontece é que, se o Rio Jaguari estiver com uma vazão baixa, vai aparecer no sistema do consórcio o estado de alerta ou estado de restrição para o Jaguari. Junto disso, as conseqüências, pois, a captação de água terá que ser menor obrigatoriamente, para sobrar mais água lá para baixo… Então, é nisso que o Rio Jaguari nos afeta; se a vazão estiver baixa por lá, tenho que reduzir a distribuição em Cosmópolis para que sobre uma quantidade maior de água no Rio Jaguari”, confirma Nivaldo.

Atualmente, a capacidade de água represada está completa e um dos fatores que ajudaram nesse nível a ficar estável foi o aumento, em 70 centímetros, da barragem do ‘Paredão’ da Usina Ester. Mesmo assim, o engenheiro Nivaldo alerta: “Acredito que as pessoas estão bem mais conscientes, a maioria entendeu o recado da natureza e está economizando bastante.
A Usina Ester também tomou providências em relação a economia de água, fez os sistemas dela de reuso e é uma empresa muito consciente.
A economia continua”, finaliza.