Educação dada aos animais é o principal fator da agressividade

Cada vez mais os animais de estimação têm se tornado parte da família para muitas famílias, mas, é preciso lembrar que, assim como as crianças, os pets precisam de educação para que não ocorram acidentes, como mordidas e avanços agressivos, inclusive, nas visitas e amigos dos proprietários.

Dr. José Francisco da Costa, 36 anos, Médico Veterinário na Clínica Colibri

Dr. José Francisco da Costa, 36 anos, Médico Veterinário na Clínica Colibri

Para o Dr. José Francisco da Costa (Chiquinho), médico veterinário da clínica Colibri, a maneira como o animal é criado é o principal fator que influencia no comportamento de um animal e decide se ele será agressivo ou não. “A maneira como o animal é criado é o principal fator que influencia se ele será um animal agressivo ou não. Um cachorro agressivo depende, sim, de raça, porém, a forma como ele é tratado e educado é 100% influenciável. O Pitbull, por exemplo, é um dos cães mais dóceis. O problema do Pitbull é a agressividade com outros animais, já que eles são muito intolerantes, não sabem dividir os proprietários e é aí que acontecem os acidentes… quando o dono vai separar a briga e acaba ferido.

Eu, como médico veterinário, nunca tive problema com essa raça, ele é muito dócil. Eu acredito que nem mesmo essa raça tem idéia da força que possui. Então, é necessário ter cuidado, mas, a forma como ele é educado é que faz toda índole do animal. Se comparamos aos cachorros como Pintcher e Poodle, eles são animais e raças completamente estressadas e agressivas, porém, as suas mordidas são ‘bobinhas’, são mais leves, e acabam não machucando de acordo. Nem são chamadas de mordidas, mas, de qualquer maneira, é uma forma de agressividade”.
Atualmente, temos no mercado consultorias, diferente de adestramento, que aconselham a melhor maneira de educar um cachorro, de saber lidar com seu comportamento diante de visitas. É importante saber que seu comportamento é uma forma de defesa de o animal tentar proteger o lar e o ambiente onde ele vive, até porque o proprietário não quer que ele seja manso com pessoas estranhas ou possíveis roubos.

O veterinário alerta que, para adoção do ‘melhor amigo’, é importante que o proprietário saiba seu perfil e o perfil do animal. “Eu sempre falo que o cachorro precisa adquirir o perfil do dono, é preciso analisar o tempo disponível, dinheiro, território, espaço. Então, por exemplo, se você mora em um apartamento ou em uma residência com pouco quintal, é importante que você procure por animal de porte pequeno, que late pouco, que não seja muito estressado e que não faça muita sujeira”.

Entre as raças mais indicadas para quem tem filhos pequenos, Chiquinho indica: “Acredito que entre os mais apropriados para quem possui crianças, o ‘Bassezinho’ (Basset Dachshund), o Shit zu… esses de porte pequeno. Os de porte médio, em caso de mais espaço no quintal, são o Boxer, o Border Collie, o Golden…”, finaliza o médico veterinário.