Educadoras de Cosmópolis compartilham suas trajetórias

Dia Nacional do Profisional da Educação intenciona a valorização do educador

Neste sábado (6), comemora-se o Dia Nacional Dos Profissionais da Educação, uma data criada para homenagear e valorizar os profissionais que atuam no âmbito escolar.
De acordo com dados da Unesco, antes mesmo da crise gerada pela pandemia do Coronavírus, a pobreza havia excluído 258 milhões de crianças e jovens da educação em 2018. Segundo o Relatório de Monitoramento Global da Educação 2020, também da Unesco, após a pandemia, a desigualdade entre os estudantes se agravou.
A atual diretora da E. E. Dr. Paulo de Almeida Nogueira, o Gepan, Nilze Chiriato Morais, descreve sua trajetória até chegar ao atual cargo. “Tenho 43 anos na Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, mas apenas 06 anos dando aulas. Nos outros 37 anos, trabalhei sempre em cargos de Direção. Ingressei no Gepan em 1998. São então 24 anos nessa Escola, graças a Deus. Muitos dos nossos alunos de hoje, são filhos de pais que já passaram por aqui depois da minha chegada”, explica Nilze. Com sua longa trajetória, a diretora relembra da época em que lecionava em escolas rurais. “Iniciei minha carreira na Escola Rodrigo, como substituta efetiva, função que não existe mais. Também lecionei em várias Escolas Rurais, que eram muitas naquele tempo. Fui designada ‘Diretora’ das Escolas Rurais e minha sede era na saudosa escola Francisco Fontinha do Nascimento, na Usina Ester. Quando as escolinhas rurais acabaram, tornei-me Vice-Diretora da escola Antonio Pegorari, que passou a ser uma escola regular. Da Escola Pegorari, vim para o Gepan e aqui estou há 24 anos”, conclui Nilze.
Silsi Helena de Faveri Nascimento, que foi professora de matemática na rede pública, conta que passou 27 anos da sua carreira dando aulas na rede estadual. “Trabalhei na rede estadual por 27 anos, 10 anos dando aulas no ensino fundamental 1 na EE Lídia Onélia Kalil Aun Crepaldi (Lokac e também na EMEB Dr. Luiz Nicolau Nolandi; desses, foram 5 anos com alfabetização e 17 anos no Ensino Fundamental 2 e Ensino Médio na Lokac e na E. E. Alberto Fierz, como professora de Matemática”.
Após 27 anos em sala de aula, Silsi explica que, em 2017, entrou para a coordenação da escola Dr. Luiz Nicola Nolandi. “Em 2017, já aposentada da rede estadual, deixei a sala de aula e comecei meu trabalho na coordenação pedagógica na Escola Nicolau, junto aos professores do Ensino Fundamental 2”. Atualmente, Silsi está trabalhando na Secretaria Municipal de Educação. “Em 2021, fui convidada a trabalhar na Secretaria Municipal de Educação como coordenadora pedagógica do ensino fundamental 2 da rede Municipal, onde estou até hoje”, encerra.

Desafios da educação
em 2022
A pandemia agravou a desigualdade na educação brasileira, a retomada das atividades presenciais nas escolas, o uso da tecnologia e a implementação do Novo Ensino Médio estão entre os principais desafios do ano. Para Nilze Chiriato, o maior desafio é se conectar com esta geração. “Na era da tecnologia, o Professor precisa transmitir aos seus educandos a importância da relação professor-aluno, que é e sempre será uma parceria que deixará marcas para a vida inteira. Nenhuma tecnologia substitui essa relação, que deve ser sempre permeada de respeito, empatia e admiração.
Quem de nós não se lembra daquele professor marcante, que admirávamos e servia de exemplo para nós? Se pensarmos neles, conseguimos lembrar até das roupas que usavam. Conquistar essa geração é, com certeza, nosso maior desafio!”, conclui.