Psicóloga é especializada em Gestão de Pessoas e em Desenvolvimento Humano nas Organizações
Lígia Frungilo
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A cosmopolense Ligia Frungilo, psicóloga especializada em Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Humano nas Organizações, e proprietária da Envolve RH, deu dicas durante entrevista à EPTV Campinas, sobre negociação e busca de melhor salário. Acompanhe:
Negociação de salário em tempo de crise
A pandemia tornou as negociações salariais um pouco mais delicadas mas não significa que não possam acontecer. O assunto já foi um tabu, mas houve evolução na tratativa e ambos os lados (empresa e profissional) estão habilitados a negociar, já que é uma via de mão dupla.
Daremos dicas para o profissional que está fora do mercado e busca uma recolocação e também para aquele que está empregado e busca um reajuste salarial.
Para o profissional que está fora do mercado e vai participar de um processo seletivo, as dicas são:
– Se prepare para a pergunta: “Qual sua pretensão salarial?”. A orientação é que o profissional leve um valor como ponto de partida, que pode ser baseado em uma pesquisa salarial de mercado ou ainda conhecendo mais sobre a proposta ou empresa. Deixar “a combinar” não é o melhor caminho.
– Se receber uma proposta com valor abaixo do que recebia em seu último emprego e ficar em dúvida sobre aceitar ou não, avalie com calma. Considere os benefícios da proposta (como por exemplo assistência médica/odontológica ou outras vantagens). Considere que o salário pode estar abaixo, mas os benefícios poderão completar a proposta de remuneração e torná-la mais atrativa. Algumas empresas reajustam salários após o período de experiência, tente entender se é o caso.
– Cuidado com a ansiedade! Aceitar uma proposta muito abaixo do último salário pode ser uma cilada. Pode suprir uma necessidade imediata, porém, em algum momento, o desajuste vai aparecer. O ideal é que haja equilíbrio entre as habilidades requeridas pela vaga em comparação as do profissional, ou seja, a proposta salarial deve estar alinhada as competências requeridas pela vaga e também com o perfil profissional do candidato.
Para o profissional que está empregado e busca melhor sua remuneração, as dicas são:
– Considere o próprio desempenho como ponto de partida para a negociação salarial. Faça uma retrospectiva das contribuições, inovações, melhorias que realizou recentemente e que trouxeram vantagens para a empresa. Leve os pontos destacados para a conversa.
– Evite os erros mais comuns:
•Mentir sobre outras propostas;
•Supor que tempo de casa garanta aumento;
•Comparar salários com colegas;
•Trazer aspectos da vida pessoal (ex.: nascimento de um filho, casamento).
– O trabalho no modelo de home office trouxe novos desafios e em casos em que houve aumento de responsabilidades no cargo, absorção de novas funções ou aumento de atividades, pode ser o gatilho para uma conversa sobre reajuste salarial.
Mas, atenção, identifique o cenário. Se a empresa está com ações de redução de custo, entenda que não é o momento para ter uma conversa sobre reajuste salarial. Aguarde o momento mais adequado.
E se a conversa acontecer e não for aceito o reajuste salarial naquele momento, a dica de ouro é não deixar o desempenho cair e manter a entrega no trabalho com qualidade e empenho para que em oportunidade futura suas chances aumentem.
Lígia Frungilo
Proprietária da Envolve RH Assessoria em Recursos Humanos
Saiba mais: ligia@envolverh.com.br
Psicóloga Especializada em Gestão de Pessoas e em Desenvolvimento Humano nas Organizações
