Em época de crise, é possível economizar na compra dos materiais escolares

Janeiro é mês de férias e, também, o momento em que os pais procuram as papelarias em busca do material escolar para os filhos. Mas, em tempos de crise, o objetivo é economizar.

Embora a situação pareça preocupante, Paulo Roberto Armelin, que é proprietário da Papelaria Aquarela há 33 anos, garante que tem boas notícias. “Os preços de cadernos escolares, um dos principais itens de consumo do estudante, não aumentaram. Para falar a verdade, o que pesa realmente no valor final das compras da lista de material são os produtos importados. Eles são classificados e cotados em dólar e esse fator é o que acaba encarecendo o produto.

Paulo Roberto Armelin é proprietário da Papelaria Aquarela há mais de 30 anos

Paulo Roberto Armelin é proprietário da Papelaria Aquarela há mais de 30 anos

Mas, por exemplo, uma caixa de lápis de cor que, no ano passado, tinha um preço médio de R$ 16,00, neste ano, está custando R$ 12,00. Já uma mochila importada que custava R$ 40,00, se elevou para aproximadamente R$ 80,00. Isso porque o dólar, que estava ‘2 [reais] e pouco’ foi para quase 4 [reais], o dobro praticamente. Por isso, esta é uma dica importante: se os pais conseguirem não comprar os produtos importados, terão, com certeza, o mesmo valor da lista de material escolar em relação ao ano passado ou até mais barato”.

Outra dica muito importante para os pais é saber comparar os preços entre as marcas. Além disso, a companhia dos filhos tende a interferir no valor final da compra. Hildebrando Alvaro Bernacchi, popularmente conhecido como ‘Brandão’, é um dos pioneiros no ramo de papelaria na cidade de Cosmópolis e afirma. “Marcas devem ser bem avaliadas. O consumidor deve pegar exatamente o mesmo produto para cotação em outro lugar. Ele não terá sucesso se comparar uma marca genérica ou um caderno de capa neutra, por exemplo, com um que tenha capa de personagens e atributos específicos do visual do material em outro lugar. Para comparação, exatamente o mesmo item deve ser avaliado.

Outro fator que parece inofensivo, mas que no fim das contas traz diferença muito grande é a companhia dos filhos. As crianças e adolescentes sempre vão preferir o mais colorido, diferente, com o personagem preferido, e isso ajuda a encarecer o valor final”.

Hildebrando Alvaro Bernacchi trabalha no ramo desde a década de 70 na cidade de Cosmópolis

Hildebrando Alvaro Bernacchi trabalha no ramo desde a década de 70 na cidade de Cosmópolis

Em contrapartida, Paulo Armelin ressalta que há um ponto positivo na preferência por marcas. “É bom lembrar que a preferência por marcas tem seu lado bom. O Brasil está zelando muito pelas marcas, então, a pirataria sofre cada vez mais. Muitos produtos que não tinham selo do Inmetro, hoje, estão em sua maioria correndo atrás de se regularizar e ganhar qualidade. Com isso, os produtos piratas desapareceram bastante. Ou seja, a ‘Disney’ por exemplo, zela pela sua marca, como Frozen, Mickey e seus famosos personagens – é necessário que se mande ‘royalties’ (compensação ou parte do lucro paga ao detentor de um direito qualquer, por exemplo, uma patente, concessão etc.) para eles da marca. Esse é um motivo pelo qual encarece o produto. Mesmo assim, com planejamento e boa escolha, é completamente possível ter um material de ótima qualidade e mais em conta”, finaliza o comerciante.