Enorme Auditório da Escola Cecília Meirelles nunca funcionou e degrada a cada dia

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Paulo Alves Pereira é Secretário de Educação do Município

A Escola Municipal de Ensino Básico Cecília Meireles é uma obra da Prefeitura Municipal de Cosmópolis e foi inaugurada no ano de 2011, final da gestão de José Pivatto, prefeito da cidade de Cosmópolis na época. A escola oferece ensino fundamental e especial. Suas atividades têm início pela manhã e continuam no período da tarde também.

Apesar de ter sua localização oficial na Avenida da Saudade, a entrada da escola se dá pela Rua Albino Giovanoni, no Parque das Laranjeiras, tendo a necessidade de entrar no bairro para acesso à escola.

O prédio, com uma estrutura de grande porte, proporciona aos estudantes e colaboradores da escola 16 salas de aula, necessita de aproximadamente 61 funcionários, sala de diretoria, sala de professores, laboratório de informática, sala de recursos multifuncionais para Atendimento Educacional Especializado (AEE), quadra de esportes coberta, quadra de esportes descoberta, alimentação escolar para os alunos, cozinha, sala de leitura, banheiro dentro do prédio, banheiro adequado a alunos com deficiência ou mobilidade reduzida, sala de secretaria, refeitório, despensa, pátio coberto, pátio descoberto, lavanderia, além de um Auditório de deslumbrante aparência, mas que, na verdade, nunca funcionou e provoca questionamentos da população.

Paulo Alves Pereira, atual Secretário de Educação do município, relata que os problemas com a estrutura do prédio são desde sua inauguração, porém, que o papel da prefeitura no momento é tentar reparar os problemas, já que os recursos não são suficientes para reiniciar a obra. “O prédio do Cecília Meireles já teve, desde a sua construção até os dias de hoje, muitos problemas estruturais. A administração vem corrigindo; quando aparece um problema, a administração vai lá e tenta sanar, corrige. Ao longo dos anos, nós estamos fazendo correções, contudo, muitas questões são estruturais e, várias vezes, quando há problemas estruturais como este, é preciso por ao chão, derrubar mesmo, e começar do zero”.

O secretário ainda justifica vandalismo frequente pelo local. “Outro problema muito sério são os episódios de vandalismo que nós temos. Há poucos dias, tivemos um cenário de incêndio na escola, puseram fogo em algumas salas; estouraram portas e atearam fogo.

Mesmo assim, a administração tem cuidado. Infelizmente, colocaram fogo. Nós não vamos deixar lá queimado! Já foi feito reparo e nós vamos reparando. Não há outra alternativa, a administração não tem muitos recursos para por no chão e começar tudo do zero.

O muro estava caindo e, esta semana, caiu parte dele. Nós já pedimos para o setor de obras do município, que avaliou e começará a derrubar o muro e refazer o que caiu”.

Ainda questionado sobre o teto do auditório e o motivo da sua não utilização, Paulo destacou. “No teto do auditório, já houve vazamento de água, e lá é forro, não é teto, o forro de gesso foi danificado. Porém, hoje, temos uma situação de falta de recursos. A arrecadação de todos os municípios do país tem caído e estão todos estrangulados, pois, cai a arrecadação e aumentam as despesas. Por esse motivo, não há disposição de recursos para fazer o que realmente necessita, que é uma grande reforma. O custo disso é muito alto e não há recursos”, finaliza.

A equipe do Jornal Gazeta de Cosmópolis e TV Jaguari tentou registrar mais fotos da estrutura e, principalmente, do auditório e das dependências da escola, porém, a direção da mesma não autorizou. Após outra conversa com a secretaria de educação, o responsável também impossibilitou a realização das fotos. É uma pena, pois se trata de um bem público.