Ensinamentos e valores deixados pelo pai ajudam filhos a dar continuidade e fortalecer padaria da família

“Foi uma grande perda... Seguir sem ele foi o maior desafio, pois voltar trabalhar onde ele perdeu a vida foi muito difícil...”

Quando um homem se torna pai, ele acaba assumindo um enorme compromisso de deixar um legado aos filhos. Dar exemplo começa em casa. Tão importante quanto orientar o filho adolescente sobre boas escolhas é pautá-las na ética e na moral. Micheli Aparecida Rampazzo compartilha o legado que seu pai deixou e também comenta sobre como ela e os irmãos ressignificaram o sentimento de falta do pai após o seu falecimento.

Micheli conta que o pai foi o idealizador e fundador da Padaria Cosmopolita, localizada na Rua Monte Castelo, no Jardim Cosmopolita. As atividades tiveram início em 1993. “Nosso pai, Donizete José Rampazzo, foi o fundador da nossa padaria. No início, era do outro lado da rua, onde pagávamos aluguel do salão. Alguns anos depois, em 2001, no mês de outubro, foi reinaugurada a Padaria no nosso prédio próprio, onde estamos até hoje. Infelizmente, 6 meses após esta grande conquista, fomos assaltados e nosso pai sofreu um infarto, vindo a óbito. Na época do ocorrido, nossa mãe Antônia Aparecida Rampazzo e minhas duas irmãs mais velhas trabalhavam na padaria também, porém, eu e meu irmão, os caçulas, sempre ficávamos por lá”, explica.

Desafio e união
Para o sucesso e continuidade do empreendimento, Micheli comenta que a família sempre se apoiou, compartilhando o companheirismo desde sempre. “Sempre fomos uma família muito unida. Somos em 4 irmãos: Valderez (47), Juliana (41), Micheli (37) e Willian (34). Nosso pai sempre foi um exemplo de homem honesto, trabalhador, digno. Ele também era divertido, adorava piadas e pegadinhas. Foi uma grande perda para nossa família. Seguir sem ele foi o maior desafio de nossas vidas, pois voltar trabalhar onde ele perdeu a vida foi muito difícil”, conta Micheli.

Saudades eternas
Depois de anos, o sentimento não desaparece, mas a família acabou aprendendo a lidar com este da melhor forma possível. “Este ano, já faz 21 anos que ele partiu. Aprendemos a viver com a dor da saudade, mas esquecê-lo jamais. Hoje, temos absoluta certeza que ele estaria curtindo muito seus netos; infelizmente, não conheceu nenhum.
Nós mantemos a padaria com seus ensinamentos e valores. A saudade é muito grande… Sabemos que a vida tem seu início, meio e fim, e nunca estamos preparados para o fim daqueles que amamos, mas temos certeza que Deus dá um lugar abençoado para pessoas de bem, e que ele está lá, olhando por todos nós”, conclui.