O sistema de suspensão é um conjunto de componentes que atua em tempo integral, tem a função de manter as rodas em contato com o solo e absorver as irregularidades, trazendo um conforto e segurança para os ocupantes do veículo.
O Mecânico de Automóveis, Adriel Nogueira de Azevedo, explica que “a suspensão é composta por alguns componentes móveis, alguns bem conhecidos, como, por exemplo, as molas, os amortecedores, os pivôs, as bandejas, a caixa de direção e etc. É importante fazer a verificação periódica desses componentes a cada 20.000 quilômetros. Todos eles atuam em conjunto para promover o conforto e segurança aos passageiros e estabilidade ao veículo”. Ele ainda completa que, “atualmente, no mercado automotivo, existem vários modelos de suspensão. Citaremos os mais comuns a seguir”.
Suspensão Ativa: Esse modelo de suspensão, de uma forma geral, utiliza sensores para a coleta de dados e essas informações identificam as condições da via e do veículo, para indicar quais tipos de movimento devem ser empregados pelo conjunto de suspensão do carro. “Esses atuadores são capazes, literalmente, de erguer ou abaixar o chassi de maneira independente para cada uma das rodas, minimizando a sensação de impacto no interior do veículo. É possível adiantar a resposta da suspensão às possíveis imperfeições do solo por meio de parâmetros variáveis de reação”, explica.
Eixo de Torção: este modelo de suspensão é empregado nas rodas traseiras. É um tipo mais simples e utilizado em maior escala. Ela possui uma barra transversal e, nas extremidades, dois facões que são fixados no cubo da roda. “A barra que liga as rodas é muito resistente, porém, perde um pouco do conforto e eficiência, por ser rígida, mas, por outro lado, este sistema tem um custo baixo de manutenção”, pontua Adriel.
As Suspensões independentes têm três modelos (MacPherson, Duplo ‘’A’’ e Multilink)
Adriel Nogueira de Azevedo, mecânico de automóveis
MacPherson
Essa suspensão foi patenteada pelo Americano Earle Steele MacPherson na década de 40. A suspensão MacPherson é largamente utilizada na indústria automotiva mundial e, embora ela possa ser instalada tanto no eixo dianteiro como no traseiro, é mais comum encontrá-la com mais frequência na dianteira. “Ela é basicamente composta por um braço transversal, amortecedor, mola helicoidal e barra estabilizadora. Esse modelode suspensão independente é bem simplificado e, como emprega poucas peças, é um sistema mais leve e com um custo de manutenção relativamente baixo”, diz Adriel.
Triângulo duplo
ou duplo A
“A suspensão conhecida como triângulo duplo ou duplo ‘A’ é outro tipo de suspensão independente. Ela possui dois braços em forma de “V” (um superior e um inferior), que se assemelham a um triângulo. Esse modelo não é muito utilizado em veículos de passeio por ser muito complexo e ter um custo de manutenção elevado. Por ser muito rígida, ela é mais utilizada em carros esportivos, para melhor controle da estabilidade”, esclarece o mecânico.
Multilink
A suspensão independente Multilink é uma evolução da suspensão duplo ‘A’. “Tem uma construção mais avançada. Em vez de dois braços, ela faz uso de três ou mais braços, interligados à manga de eixo, que são mais espaçados entre si e promovem mais liberdade de movimento”, explica. Ele ainda completa que “os braços da suspensão permitem controlar o movimento em múltiplas direções, mantendo as rodas sempre em contato com o solo. A suspensão pode ser utilizada tanto na dianteira quanto na traseira dos veículos, porém, seu custo de manutenção é relativamente alto”.
Adriel explica que dependendo das especificações do modelo produzido, um mesmo carro pode ter a suspensão traseira diferente da suspensão dianteira. “Cada veículo necessita de uma suspensão específica e a aplicação dessa suspensão, geralmente, é determinada por dois fatores, o desempenho e o custo. As montadoras de veículos fazem isso para garantir a segurança e o custo-benefício, tornando-se mais competitivas no mercado automobilístico”, conclui.
