Entenda mais sobre o abastecimento de água em Cosmópolis

A água é um ingrediente vital para a população e está ligada diretamente à saúde, visto que, além da importante hidratação, a preocupação com a higiene pessoal e da casa, diariamente, é constante. A equipe do Jornal Gazeta de Cosmópolis conversou com o Secretário Interino de Saneamento Básico de Cosmópolis, Silvio Luiz Baccarin, para entender a atual situação do abastecimento e da Estação de Tratamento de Água (ETA). Acompanhe na íntegra:

Gazeta de Cosmópolis: Cosmópolis testemunhou algumas chuvas nos últimos meses. Atualmente, elas foram suficientes para o abastecimento do município. Qual o nível do Pirapitingui hoje?
Secretário Silvio Luiz Baccarin: “De acordo com os registros do CIIAGRO, no ano de 2018, choveu mais que no ano de 2019. Dados oficiais apontam que, principalmente, a partir do segundo semestre, há uma redução no volume de água. Mesmo assim, o volume de chuvas ainda está sendo considerado dentro do normal. Porém, sempre fica o alerta para a economia e a utilização consciente da água para que não falte a ninguém”.

Gazeta: Ainda existe a probabilidade de alguns bairros ficarem sem água?
Secretário Baccarin: “Circunstancialmente ou pontualmente podem ocorrer algumas situações, especialmente, os bairros e os lugares mais altos. Isso porque a nossa rede é pressurizada – desde a saída da represa até chegar na última casa, ela é feita por pressão. Com a utilização da água, em momento de calor, em temperaturas mais elevadas, onde muitas pessoas utilizam ao mesmo tempo, acontece a despressurização da rede, ou seja, a ausência de água em alguns pontos específicos, especialmente, nos pontos mais altos”.

Gazeta: Isso explica momentos de águas mais turvas em alguns bairros?
Secretário Baccarin: “O que acontece é que, após as paradas na Estação de Tratamento de Água – ETA, ou em manutenções na Rede, o sistema é despressurizado, ou seja, fica sem água. Quando volta ao normal o abastecimento, durante esse processo, a força da pressão da água retira as partículas que se juntam com o tempo na parte interna dos canos, aumentando momentaneamente a turbidez”.

Gazeta: Passamos por uma grande crise hídrica no ano de 2014. Mesmo a Secretaria considerando um ano satisfatório em chuvas, se faz necessária a economia de água?
Secretário Baccarin: “Este é um dos pontos fundamentais. A população tem um papel direto e importante na questão do controle do consumo. Sempre pedimos que as pessoas economizem o máximo de água que elas puderem. Obviamente, pode-se ter uma rotina normal, um consumo normal. O que, na verdade, aumenta o consumo são as piscinas (não tratadas) com troca constante de água, lavagem de calçadas, lavagem de carros muito demoradas. Estes estão entre os itens que fazem com que o desperdício prejudique o abastecimento, especialmente, em dias de altas temperaturas, o que acaba contribuindo com a falta de água em alguns locais, principalmente, nos pontos mais altos”.

Gazeta: Quem fiscaliza a água?
Secretário Baccarin: “É importante ressaltar que, quando se trata de qualidade, nós somos fiscalizados mensalmente. Somos controlados por uma agência reguladora, a ARES PCJ, que verifica a qualidade da água nos municípios associados. Desta forma, recebemos a visita, todo mês, de um técnico da Ares-PCJ em pontos diferentes da cidade. São coletadas amostras para análise e, após isso, são emitidos os relatórios e encaminhados para a Prefeitura. Todos os nossos relatórios estão dentro dos parâmetros exigidos para a qualidade da água, ou seja ‘Nenhum parâmetro em desconformidade com a legislação vigente’. Não tem como alguém colocar suspeita sobre a qualidade da água no município.

Gazeta: Sabemos que houve alguns reparos no setor de tratamento de água. Quais foram eles?
Secretário Baccarin: “A Estação de Tratamento de Água passou por reparos significativos. Houve uma obra de reparo no decantador com a troca dos módulos, bem como, no sexto filtro que estava parado desde que esta gestão assumiu. Trata-se de uma obra significativa, que passou a funcionar trazendo agilidade na filtragem da água, aumentando o volume produzido”.

Gazeta: O desperdício é passível de multa?
Secretário Baccarin: “Há uma equipe de fiscalização, mas, estamos optando, no momento, por medidas educativas, orientar sem causar nenhum tipo de aborrecimento e solicitar o apoio da população, contando com a conscientização das pessoas. O fiscal faz uma notificação na primeira abordagem e, caso haja reincidência, poderá incorrer em multa, porém, num primeiro momento, é educativo, conscientizando e contando com o apoio de todos”.