Entenda o grande perigo social do vício em celulares

A partir da Terceira Revolução Industrial na década de 70, o avanço da indústria tecnológica aumentou de forma colossal em diversos âmbitos, a ponto de este período ser conhecido como: A Revolução tecno-científica-informacional.
Com este advento, a população passou a incluir a tecnologia em seu cotidiano, na qual não estava habituada com aparelhos tecnológicos inovadores. Consequentemente, o convívio com estes aparatos transformaram o modo de vida da população, ao proporcionar praticidade nos afazeres do dia a dia.
A distância, a dificuldade para telefonar, a demora, a facilidade para comprar online, pagar contas, baixar aplicativos, baixar livros, realizar cursos online, dentre outros motivos do cotidiano foram transformados e criados, e junto com isso os estudos para as melhorias da tecnologia foram avançando e estão, atualmente, cada vez mais, gerando e promulgando novos aparatos.
Desta forma, a rápida evolução tecnológica nas últimas décadas trouxe não somente transformação e praticidade na vida cotidiana da população, mas também situações problemas com o excesso do uso, transtornos psicológicos e doenças físicas.
“É importante salientar que os riscos com o uso do celular, ou outros dispositivos móveis, como tablets e notebooks, são eminentes. Sendo as crianças e adolescentes as maiores vítimas do uso excessivo, devido à imaturidade física e emocional.
Cabe esclarecer que o uso excessivo do celular atinge atualmente mais de 60% da população mundial de crianças e adolescentes”, explica Abigail M. Faria, psicóloga.
Segundo a especialista, as consequências emocionais são verificadas através de estudos, que mostram a propensão entre crianças e adolescentes até 13 anos desenvolverem uma dependência em celulares, devido à imaturidade cerebral, “mas os estudam apontam que qualquer indivíduo é suscetível a tornar-se um viciado em celulares. Os conflitos psíquicos mais comuns apresentados, independente da idade do indivíduo são: depressão, ansiedade e impulsividade”, alerta. Ela ainda completa que “fora notado nos estudos científicos que a incapacidade social, a

Abigail M. Faria, psicóloga graduada pela Universidade Paulista – UNIP. CRP 06/140725. Contato 19 99356-0327. Email: bigafaria@yahoo.com.br

incapacidade de relacionamentos pessoais são frequentes, além de tudo, os relacionamentos passaram a ser virtuais. E se tratando de crianças e adolescentes, esta abertura para o mundo virtual desprotegido evidencia o risco à integridade do indivíduo menor”.
Essas consequências levam à piora ao rendimento escolar, a baixa capacidade de aprendizagem, além de transtornos relacionados a aprendizagem em si. Estes indicativos de problemas merecem atenção especial dos pais e/ou responsáveis.
Já as consequências físicas são demonstradas por problemas ortopédicos, devido à má postura dos usuários. Dores na coluna, pescoço, mãos e até dores de cabeça são alguns fatores conflitantes para a saúde física.
“Outros problemas como distúrbios do sono entre os jovens cresceram absurdamente, pois o uso do celular ou de outros dispositivos eletrônicos durante a noite antes de dormir, provoca uma estimulação cerebral excessiva, que levam a redução dos níveis de melatonina, o hormônio do sono, devido à luz emitida por suas telas.

Assim, os problemas de atenção, concentração e memória são evidentemente afetados, consequentemente, levam à queda ao rendimento escolar”, diz Abigail.
“De acordo com os cientistas, para tudo existe o equilíbrio e, para podermos usufruir dos benefícios da tecnologia, é necessário minimizar os prejuízos priorizando a saúde em todos os seus âmbitos. Recomenda-se o uso do celular durante duas horas por dia, e que este uso não seja antes de dormir. Este é o limite de tempo ideal para que não haja problemas oculares e nem ortopédicos”, comenta a psicóloga.
A psicóloga explica que “a atenção ao celular ao invés de prestar atenção no que os filhos estão falando, ou no momento do almoço dar aquela olhadinha, passar tempo demais em redes sociais sem a interação nas brincadeiras com os filhos, são alguns péssimos exemplos de comportamentos educativos. Não há como exigir um comportamento adequado, fazendo o mesmo, é preciso respeitar para ser respeitado, é preciso educar para ser educado.
A vida é mais do que uma tela de celular, vamos vivê-la!”, aconselha a especialista.