A GAZETA de COSMÓPOLIS realizou o quadro ‘Entrevista’ desta semana sobre a trajetória de Elizeu Santos da Silva, de 49 anos. O comerciante, nascido em Maceió – AL, conta que chegou a cidade de Cosmópolis com 18 anos, mas, apesar da pouca idade, já iniciou sua vida no ramo de consertos de máquinas, fogões e refrigeradores. Hoje, é dono da FogosMaq Refrigeração.
GAZETA DE COSMÓPOLIS: Onde você nasceu?
Elizeu Santos da Silva: Nasci em Maceió – AL, mas, vim para São Paulo com 3 anos de idade, mais precisamente para a cidade de Limeira. Mudei para Cosmópolis com 18 anos.
GAZETA: Como foi sua adaptação na cidade de Cosmópolis, principalmente, por ter vivido boa parte de sua adolescência em uma cidade grande?
Elizeu: No começo, foi bem difícil, mas, devido a calmaria e o tamanho da cidade, fui me acostumando, mesmo tendo levado em torno de 3 anos para que isso acontecesse. Como acabei me casando, me adaptei mais ainda.
GAZETA: Algum dia, chegou a pensar em seguir um ramo diferente do que segue hoje em dia?
Elizeu: Não, até porque meu pai já trabalhava com isso e eu ia aprendendo, ajudando. Com 15 anos, eu já estava abrindo uma oficina sozinho.
GAZETA: Além da influência do seu pai, que já exercia a profissão, o que mais te levou a decidir pela mesma?
Elizeu: Como eu via meu pai já trabalhando dentro disso, eu sabia que era um ramo bom. Além de tudo, eu gostava do ofício, então, procurei investir e deu muito certo.
GAZETA: Você abriu a oficina muito cedo, com apenas 15 anos. Quais as dificuldades que enfrentou com essa decisão? O que buscou ter como diferencial para fazer o seu negócio?
Elizeu: A cidade era pequena e a concorrência era grande. Eu sofri muito no começo. Como era novo, as pessoas não conseguiam me ver como um bom profissional logo de cara, mas, meu trabalho me proporcionou um aumento na clientela e a criação do meu nome dentro do ramo. Sempre procurei ser honesto no que faço e dar o meu melhor.
GAZETA: De onde surgiu o nome ‘FogosMaq’?
Elizeu: Como eu trabalho com refrigeração, fogão e máquinas, pensei em misturar um pouco dos nomes.
GAZETA: O que foi vendo e aprendendo com a clientela cosmopolense ao longo dos anos?
Elizeu: Primeiramente, tenha honestidade; isso que leva as pessoas a adquirirem a confiança de sua clientela. E, depois, ser persistente, nunca desanimar. No começo, tudo é difícil, mas a insistência torna o resultado melhor. Se dedique muito também, até porque ser comerciante não é algo fácil, principalmente, nesse tempo de crise. Muitos estão migrando de profissão, tornando a concorrência maior e levando uma desvalorização a diversos ramos.
GAZETA: Como você vem lidando com essa crise?
Elizeu: Está muito difícil. Para mim, que possuo uma boa clientela que está comigo há algum tempo, é mais fácil me manter e driblar alguns problemas dessa crise, mas, houve um crescimento de profissionais do meu ramo, o que resultou na diminuição do serviço. Sem contar na mudança de muitos moradores da cidade, que também colaborou para a diminuição do serviço.
GAZETA: Como concilia sua vida profissional com a vida particular?
Elizeu: Minha vida profissional, eu consigo separar e faço de tudo para manter dessa maneira. Sou muito feliz com minha vida aqui e gosto de cuidar para que nada interfira em nenhum dos lados. Momento de lazer é só de lazer e momento de trabalho é só para o trabalho.
GAZETA: Quais os planos para a loja?
Elizeu: Pretendo expandir a loja, mas, continuar neste local, onde já estou há uns 15 anos. Quero montar uma loja de peças do ramo de refrigeração e fogões também, algo que é difícil de se encontrar em Cosmópolis.