Entrevista com Flavio Camargo Torquato

O quadro Entrevista desta semana é com Flavio Camargo Torquato, de 29 anos. O cosmopolense conta como foi sua imersão no ramo empresarial da informática, expondo dificuldades e realizações.

GAZETA de COSMÓPOLIS: É de Cosmópolis? Conte um pouco sobre sua infância e adolescência.
Flavio Camargo Torquato: Sou nascido e criado em Cosmópolis e moro na mesma casa desde que nasci. Tive infância e adolescência bem bacanas, aproveitei muito com as brincadeiras de rua, como jogar futebol e soltar pipa. Inclusive, foi brincando de pipa que comecei a empreender. Lembro-me que fazia pipa e logo aparecia algum vizinho querendo comprar. Eu vendia e, assim, fazia mais 5 pipas com o dinheiro. Como diria Rick Chesther: “Pega a Visão”. Foi bem legal viver a infância e adolescência longe da era digital.

GAZETA: Sempre quis seguir carreira dentro da informática, ou já sonhou em atuar em outra área?
Flavio: Na verdade, eu sempre quis ser jogador de futebol, mas segui a carreira na informática porque dá mais dinheiro (risos)

GAZETA: Como e por que se descobriu dentro do ramo? Conte um pouco sobre seus primeiros anos na profissão.
Flavio: Lembro que sempre gostei de computador. Na minha adolescência, não era tão acessível para comprar um micro. Todas as vezes que algum vendedor de curso ia à minha escola oferecer cursos de informática, meu sonho era que meu pai me colocasse. Assim que teve condições, me matriculou para fazer meu primeiro curso. Não perdia uma aula. Ia debaixo de sol, chuva, neve ou tempestade, mas não perdia uma aula por nada! Na escola que eu estudava, havia um programa de estágio, onde prestávamos uma prova e os melhores colocados podiam fazer um estágio não remunerado. Prestei a prova, passei e dei início ao estágio. A minha principal função era ajudar o professor a orientar os alunos. Eu achava um barato tudo aquilo. Isso foi por volta dos 12 anos de idade. Lembro que ficava ‘brincando’ nos computadores, que nem tinham internet na época. “Não era pelos 20 centavos”. Era por paixão à informática. Continuei nessa escola, onde, depois de algum tempo, comecei a receber uma bolsa para me incentivar. Quando fiz 16 anos, tive meu primeiro registro em carteira nessa mesma empresa.

GAZETA: Conte um pouco da sua experiência lecionando.
Flavio: Minha carreira profissional começou dessa forma e se estende até hoje. Minha primeira experiência na função foi na Mikrão Informática, que não tem mais em Cosmópolis, apenas em Artur Nogueira. Na Mikrão fiquei dos 12 aos 18 anos e muito do que desenvolvo hoje na minha profissão é fruto do que aprendi na época. Depois disso trabalhei em outras escolas da cidade como Microlins e Giga. Hoje, não menosprezando meus concorrentes, que foram importantes no meu crescimento, mas estou no melhor “emprego” da vida, na Byte Informática!

GAZETA: Quando surgiu a oportunidade de abrir seu próprio negócio?
Flavio: Desde a minha adolescência, meu pai plantou e regou essa ‘sementinha’ em minha cabeça. Trabalhar por conta própria. Preparei minha cabeça para isso, me desenvolvi e projetei que, assim que terminasse minha faculdade, eu abriria meu próprio negócio.

GAZETA: Como foram os primeiros anos como empresário? Quais os aprendizados?
Flavio: Os primeiros anos como empresário foram de muito trabalho. Pode parecer exagero, mas trabalhava cerca de 70 horas por semana. Todo dia é um aprendizado. Na vida de empresário, nós começamos o dia sem saber o que vai acontecer. Por mais planejamento que façamos, há sempre uma surpresa.

GAZETA: Enfrentou muitas dificuldades na gestão e no âmbito financeiro?
Flavio: Muitas dificuldades. Quando se começa uma empresa com 21 anos, sem dinheiro, com certeza, há muito sufoco. Comecei, como dizem, na cara e na coragem e com a confiança de fazer dar certo. Contava com a minha força de vontade e com meus pais, que sempre me ajudaram e ajudam até hoje. Para se ter uma ideia, comecei a loja de informática e não tinha dinheiro nem para deixar um mouse em estoque. Mas, aos poucos, as coisas vão se organizando e com Deus na frente tudo vai ficando mais fácil.

GAZETA: Por que escolheu o nome “Byte” Informática?
Flavio: Byte é uma unidade de medida na informática. É um termo bem comum no meio e fácil de lembrar.

GAZETA: Quais os cursos que o local fornece? Pretende expandir as opções?
Flavio: Oferecemos os cursos mais requisitados no mercado de trabalho. Desde Informática Básica, como também cursos avançados como AutoCAD, Excel Avançado, Edição de Vídeo, Design Gráfico, Manutenção de Micros, Gestão Administrativa, entre muitos outros que você pode verificar em nossas redes sociais (Facebook e Instagram) ou pelo WhatsApp (19) 3872-7162.

GAZETA: É difícil trabalhar com o público? Fale por sua experiência própria.
Flavio: Eu que era tão introvertido na infância/adolescência, hoje, meu prazer é atender ao público. As pessoas que reclamam ao atender ao público ainda não perceberam que lidar com pessoas é uma arte e prazer enorme. Gosto da troca de experiências e, principalmente, saber que pude resolver o problema do meu cliente. Aprendo diariamente com todos eles para que o mesmo possa ter uma experiência bacana com a nossa empresa.

GAZETA: Sente-se satisfeito com sua vida até o momento atual?
Flavio: Moro com meus pais e uma irmã e, graças a Deus, tenho uma família abençoada. Sou totalmente satisfeito e grato a Deus por toda a minha vida. Sou bastante otimista, gosto de viver a vida que levo.