Entrevista com Janaína Ticiane Genaro

O quadro ‘Entrevista’ desta semana conta um pouco da vida de Janaina Ticiane Genaro, de 31 anos. A fisioterapeuta relata parte de sua história na abertura da clínica FisioArte e de sua paixão pelo ramo da Fisioterapia.

GAZETA DE COSMÓPOLIS: É de Cosmópolis mesmo?
Janaína Ticiane Genaro: Sim, sou nascida e criada na cidade. Minha família inteira é daqui, inclusive, meus pais possuem comércio, a Mariart Móveis, onde aprendi a lidar com pessoas desde os meus 16 anos.

GAZETA: Qual a sua formação e onde se formou?
Janaína: Sou formada em Fisioterapia pela Faculdade de Americana (FAM), mas fiz algumas especializações, sendo a primeira delas na UNIMEPdermato-funcional, e a segunda na UNICAMP em ortopedia e traumatologia, onde também fiz meu mestrado em ciências da cirurgia e estou fazendo a terceira especialização em Homeopatia.

GAZETA: O que te levou a decidir pela área de fisioterapia?
Janaína: Eu sempre quis estar na área de saúde. Sempre quis ser médica e ajudar as pessoas, algo que gosto muito. Acabei não tendo condições de cursar medicina, o que me levou à Fisioterapia, que foi onde me descobri. Hoje, sou uma pessoa extremamente realizada.

GAZETA: Sempre quis ter um espaço seu ou foi algo que aconteceu?
Janaína: Sempre sonhei em ter uma clínica, mas foi algo que aconteceu mesmo, com a ajuda de Deus, principalmente. Costumo dizer que tudo o que tenho é presente dEle, principalmente, este espaço. Deus foi me abençoando, as coisas passaram a dar certo e eu abri a FisioArte, que hoje já tem oito anos e meio.
No começo, não foi fácil, é claro. Eu ficava sozinha, fazia tudo sozinha, desde o atendimento à limpeza. Fui fazendo minha parte e trabalhando certinho. Agora, pude expandir meu quadro de funcionários, inclusive, conto com mais 3 fisioterapeutas e uma biomédica.

GAZETA: Você começou a clínica muito jovem. Como foi para você lidar com tudo isso?
Janaína: Comecei em 2010. Eu estava com 23 anos e foi muito complicado. Minha maior dificuldade foi administrar uma clínica sozinha, atender, recepcionar e fazer um público. Ter um nome no mercado, hoje em dia, não é fácil, por isso, desde o princípio, busquei melhorias para o espaço, me aperfeiçoando e me modernizando.
Algo que meu pai sempre me disse, e que levo comigo, é que o mercado de trabalho é como uma selva; o leão acorda cedo em busca de sua presa e precisa correr rápido para alcançá-la. O veado, sendo sua presa, precisa correr ainda mais para não ser pego.
E é mais ou menos isso, precisamos nos especializar, aprender e equipar cada vez mais para não ser deixado para trás. O mercado é muito competitivo.

GAZETA: Em algum momento, pensou em desistir?
Janaína: Não! Em momento algum. Isso aqui foi Deus quem me deu, por isso, nunca quis desistir do meu presente, do que amo. Por outro lado, eu nunca fui uma pessoa acomodada, sempre busquei mais.

GAZETA: Se você pudesse dar dicas para alguém que almeja adentrar nos ramos que você atua, o que diria?
Janaína: Nunca desistir desse sonho, acreditar no seu potencial e em Deus, pois tudo podemos Naquele que nos fortalece. Com Ele, conseguimos tudo.
Mas, não adianta querer e não correr atrás, sendo assim, se aperfeiçoe, se dedique. É importante ser um profissional capacitado neste mercado.

GAZETA: Qual a importância da fisioterapia na vida das pessoas?
Janaína: A fisioterapia é responsável por promover, desenvolver, manter e reabilitar as capacidades de mobilidade e funcionalidade das pessoas ao longo de toda a sua vida, maximiza a qualidade de vida e potencial de movimento de cada pessoa dentro das áreas da promoção, prevenção e tratamento/intervenção, habilitação e reabilitação, promovendo bem-estar, mobilidade e independência do paciente.

GAZETA: A abertura da clínica foi algo muito rápido e aconteceu muito cedo. Como conciliou sua vida pessoal com a profissional ao longo desses anos?
Janaína: Sim, foi bem rápido e, no começo, eu trabalhava muito; das 7h da manhã às 22h da noite. Eu casei e tive meu filho nesse período que estou na clínica. Por muito tempo, precisei trazê-lo aqui, até dava aula de pilates com ele no peito, amamentando. Minha sorte foi que as clientes sempre foram muito compreensivas. Hoje, como conto com uma equipe excelente, posso dar atenção ao meu filho no período da manhã e trabalhar à tarde e à noite. Conto também com a ajuda da minha mãe e meu esposo, por isso, fica mais tranquilo.

GAZETA: Quais os seus planos para o futuro?
Janaína: Quero terminar minha casa, futuramente ter mais um filho. Já para a clínica, ampliá-la, modernizá-la e melhorar o serviço cada vez mais.