Esta semana, a Gazeta de Cosmópolis realizou uma entrevista com a cerimonialista Karen Pereira, de 30 anos. A cosmopolense conta um pouco de sua vida na cidade, incluindo sua carreira no ramo de eventos, como produtora cerimonial de casamentos, profissão pela qual aderiu apreço através de seu marido.
GAZETA de COSMÓPOLIS: É natural de Cosmópolis? Se sim, como foi o período de juventude na cidade?
Karen Pereira: Eu sou nascida aqui mesmo. Morava no bairro Vila Nova, bem em frente a Praça da Pátria. Antes, tudo era muito diferente por aqui. Todos se conheciam, as coisas eram mais sossegadas, até a escola era diferente. Os períodos comemorativos, como natal, ano novo, Páscoa e outros feriados tinham outro clima. Com o crescimento, tudo mudou, por isso, lembro com muito carinho daquele tempo.
Na minha infância, estudei na Ximena Coelho, inclusive, fiz parte da classe que inaugurou a escola. Já na adolescência, estudei no Gepan.
Além disso, participava das festas do Tri-Agito Cosmopolitano juntamente com meu marido, que na época era namorado apenas.
GAZETA: Antes de entrar na área de eventos, com o que você trabalhou?
Karen: Antes de tudo, sou formada em Pedagogia, mas não exerci a profissão. Por isso, trabalhei em várias áreas, lojas, escritórios, corretoras e já cheguei a ser autônoma também, como designer de sobrancelhas.
Passei um tempo como designer de sobrancelhas, algo que me ajudou muito a aprender sobre o universo feminino.
GAZETA: Como surgiu essa paixão e o desejo por ser cerimonialista?
Karen: Tudo começou com um “empurrãozinho” do meu marido. Por ele trabalhar com eventos desde 1989, vendo necessidade de mais opções na área de Assessoria e Cerimonial aqui na região.
Eu aderi a ideia e produzi o primeiro casamento em 2013 no Cosmopolitano para 250 convidados; apesar do frio na barriga, amei.
Logo em seguida, fui atrás de cursos para me profissionalizar.
No fim das contas, me apaixonei. Amo estar nesse universo.
GAZETA: Como foi o primeiro casamento que você fez? Como se sentiu?
Karen: Foi grande, o que me deixou com frio na barriga. Mas, no fim, deu tudo certo e, a partir disso, percebi que tinha capacidade de ajudar as noivinhas a realizarem seu sonho.
Esse primeiro casamento abriu as portas para o resto, mas, meu marido me ajudou muito na divulgação. Hoje, somos duas empresas separadas, que trabalham em conjunto.
GAZETA: Quando começou a ser profissional na área?
Karen: Em 2014, que foi quando iniciei os cursos da área. Em 2013, eu pegava poucos casamentos, mas, conforme fui me aperfeiçoando, passei a ser mais contatada. Cheguei a fazer em torno de 80 eventos de 2013 até agora.
GAZETA: Enfrentou muitas dificuldades? Como lidou com a questão do nervosismo?
Karen: Não sofri muito com nervosismo. Na verdade, meu maior problema é o perfeccionismo, por isso, sempre acho que dá para melhorar em todo evento.
Com o tempo, fazendo os cursos e recebendo conselhos do meu marido, eu fui melhorando cada vez mais. Por já ter tido experiência com o público em empregos anteriores, acabei não sentindo muitas dificuldades.
GAZETA: Como está sendo lidar com sua carreira atualmente?
Karen: Está sendo ótimo! As noivas que me visitam costumam fazer comentários sobre o meu trabalho, que foi por indicação de alguém. Acho isso extremamente gratificante. Tenho ótimas parcerias, com espaços e fornecedores, e, conforme novos eventos acontecem, novos vínculos são criados, há uma divulgação verbal e midiática bem maior.
GAZETA: Você acha sua profissão “puxada”?
Karen: Sim, é corrida, mas, quando fazemos com amor, nos adaptamos. Não temos muito tempo, porque são muitos detalhes a serem pensados. Isso acaba diminuindo nossa vida social porque trabalhamos de segunda a segunda.
GAZETA: Quais os conselhos que você pode dar a quem está entrando ou deseja entrar na área?
Karen: Primeiro de tudo, tem que ver se gosta de ter esse contato com o público. Há a necessidade de ser humano para conseguir se colocar no lugar dos clientes, pois, lidamos muito com a emoção. É importante ter certa imparcialidade para não se deixar levar por algumas situações que possam prejudicar a festa. Nosso intuito nesse ramo não é fazer uma festa perfeita apenas para os noivos, mas para todos ali presentes.
Não adianta fazer curso se não tem o dom de lidar com o público. Não existe essa de estudar para se descobrir na área. É necessário gostar, em primeiro lugar.
GAZETA: É casada?
Sim. Conheci meu marido em 2004 e estamos juntos até hoje, com uma filha de 9 anos.
GAZETA: Quando sua filha crescer, pretende integrá-la nesse universo?
Karen: Sim, pretendo ver se ela gosta, mas tudo vai depender dela. Não quero impor nada. Mas, caso se interesse, vou ficar muito feliz.