Entrevista com Maurici

O quadro ‘Entrevista’ desta semana é com Maurici Custódio da Silva, com 41 anos. Maurici nasceu em Cosmópolis, onde morou a vida toda. Atualmente, trabalha como empresário na área de fabricação de calhas, e pratica seu hobby, que é bicicross, para incentivar o filho na prática desse esporte. Maurici entrou no ramo da metalurgia seguindo os passos do pai e, hoje em dia, é autônomo.

GAZETA de COSMÓPOLIS: Nasceu em Cosmópolis?
Maurici Custódio da Silva: Nasci aqui em Cosmópolis e morei no município a vida inteira.

GAZETA: Como foi sua infância e adolescência?
Maurici: Fui criado aqui em Cosmópolis, a infância foi bem legal e ótima.

GAZETA: Você sonhava em trabalhar com o que quando era criança/adolescente?
Maurici: Eu sempre fui um esportista, sempre gostei de trabalhar com esportes, mas, não tive a oportunidade de cursar uma faculdade de Educação Física. Então, segui o ramo do meu pai, que foi serralheria e estrutura, mas, atualmente trabalho somente com calhas.

GAZETA: Qual sua relação com o esporte?
Maurici: Eu corri bicicross por trinta anos na minha vida. Eu parei em 2013, por causa da idade, e, este ano, voltei a praticar bicicross para ver se incentivo meu filho para fazer um pouquinho o que o pai fez por trinta anos (risos). Sempre foi meu hobby. Corri minha vida inteira, fui patrocinado pela Petrobras em conjunto com a Prefeitura de Paulínia. Conheço o Brasil inteiro e já fui para 17 países. Fui campeão mundial na Austrália, Sulamericano na Colômbia. Também já corri na França, Itália, África do Sul, Argentina, Chile, entre outros.

GAZETA: Pretende ainda cursar Educação Física?
Maurici: Eu gostaria de ainda estar podendo cursar uma faculdade de Educação Física e trabalhar na parte do ciclismo, que é o que eu gosto e fiz a vida inteira.

GAZETA: Por que optou por seguir o ramo de empresário em calhas e rufos?
Maurici: Foi algo que herdei do meu pai. Como meu pai trabalhou sempre com estrutura metálica, eu acompanhei e, para poder colocar nossas próprias estruturas, meu pai comprou a máquina e eu comecei a fazer as calhas das estruturas dele; depois, ele se aposentou e decidiu partir para outro ramo. Ele vendeu a empresa de estrutura e eu fiquei somente com a parte de calha. Com isso, montei meu barracão e continuei. Estou trabalhando com calhas desde 1999.

GAZETA: Quais as maiores dificuldades que você encontrou sendo autônomo?
Maurici: Trabalhar com a população não é fácil. São diversas maneiras de conversar, preços, a crise e diversos outros fatores.

GAZETA: O que você aconselha para as pessoas que estão começando na carreira autônoma?
Maurici: Tem que ter muita paciência, persistência, jogo de cintura, porque trabalhar com o povo, dialogar, não é fácil e ainda mais com essa crise do mercado; há muita dificuldade e tem muita desigualdade social.

GAZETA: Deixe sua mensagem.
Maurici: Nunca desista de um sonho, seja no trabalho, na família e no esporte.