Entrevista com Rodrigo Bueno

O quadro ‘Entrevista’ desta semana é com Rodrigo Bueno, com 41 anos, que trabalha como músico. Criado desde pequeno em Cosmópolis, ele nos conta um pouco mais sobre a sua vida profissional.

 

GAZETA de COSMÓPOLIS: Você nasceu e cresceu em Cosmópolis? Como foi a sua infância na cidade?

Rodrigo Bueno: Nascido e criado aqui na cidade. Minha infância foi muito boa, não tem nada a ver com a infância de hoje. Tive muitos amigos, ficava muito tempo brincando na rua, na escola, apesar de eu começar a trabalhar bem cedo, mas, mesmo assim, foi muito boa.

 

GAZETA de COSMÓPOLIS: Desde quando trabalha com música? Quando começou, quais foram os principais desafios?

Rodrigo: Eu toco desde os 7 anos. Meu primeiro instrumento foi meu pai quem me deu, um saxofone alto, por volta dos meus 10 anos. Profissionalmente, comecei a tocar a partir dos 17 anos. Faço casamentos e eventos há mais de 20 anos, mas, que eu comecei a me dedicar integralmente a isso foi de três anos para cá. Um dos principais desafios é ter uma estrutura, algo que até hoje estou comprando, ou seja, investindo em equipamentos, instrumentos, porque têm alguns lugares em que vou tocar e não têm estrutura. Então, se eu tenho meu próprio equipamento de som é bem fácil, porque assim consigo vender para a noiva um pacote fechado na parte musical e na parte de aluguel de som. Eu só não faço a parte de DJ. É importante sempre estar em busca de inovação e pesquisando.

 

GAZETA de COSMÓPOLIS: Você sempre quis trabalhar com música? Como descobriu que queria se envolver nesta área?

Rodrigo: Ser músico é uma paixão de criança, inclusive, estou terminando minha faculdade de música agora. Eu toco só o saxofone, instrumento no qual eu me profissionalizei e estudo até hoje. Trabalhei em torno de 20 anos dentro da refinaria, mas, sempre tocando, principalmente, no fim de semana. Eu trabalho como autônomo com música, aos fins de semana, com filmagem de drone e como inspetor de qualidade durante a semana. O que eu mais gosto de tocar é ‘Smooth Jazz’, que é um pop romântico, mas toco tudo que for preciso.

 

GAZETA de COSMÓPOLIS: Como é ser autônomo para você?

Rodrigo: Ao mesmo tempo em que é gostoso, é bem desafiador. É preciso superar o mercado nessa época de crise. Casamento é um evento que sempre teve e sempre vai ter, mas já deu para eu perceber que, de 2 anos para cá, deu uma diminuída. Então, para conseguir me manter no mercado e ter um trabalho de excelência, preço e qualidade, os dias se tornam desafios. Mas, é muito gostoso.

 

GAZETA de COSMÓPOLIS: Quais saxofonistas lhe inspiram?

Rodrigo: Minha primeira inspiração foi Kenny G, inclusive, tenho guardado até hoje os discos de vinil dele, mas ele ficou no passado. Claro que carrego um pouco dele comigo, principalmente, no soprano, mas, hoje, tenho como referência Kirk Whalum, Nelson Rangell, Eric Marienthal, Michael Linghton, Everett Harp e outros.

GAZETA de COSMÓPOLIS: Que dica você daria para quem está ingressando nesta carreira?

Rodrigo: Eu aconselho que você comece cedo e estude muito, porque música é um poço sem fim: quanto mais você cava, mais água boa você vai achar. A música é divina.

 

GAZETA de COSMÓPOLIS: Deixe sua mensagem.

Rodrigo: Nunca deixe de acreditar na sua cidade e no seu povo. Aqui em Cosmópolis, nós temos muitas coisas boas, tanto na parte de talentos, quanto na parte musical, na parte de teatro, pessoas boas e honestas. Então, nunca deixe de acreditar na nossa cidade.