O quadro ‘Entrevista’ desta semana é com Tatiane de Freitas Salvador. Nascida em Cosmópolis, a dentista sempre sonhou com o ramo da odontologia, estando em contato com a profissão muito cedo, através de uma amiga de sua mãe. Graduou-se pela FOP – UNICAMP e, hoje, atua em seu consultório próprio, com especialização em endodontia, o famoso “canal”.
GAZETA de COSMÓPOLIS: Onde você nasceu? Conte um pouco da sua infância e adolescência.
Tatiane de Freitas Salvador: Sou nascida em Cosmópolis, mas morei em Paulínia até meus sete anos, pois, a família do meu pai é de lá. Mesmo morando em Paulínia, sempre estudei e fiquei mais aqui, pois, a família da minha mãe é cosmopolense e ela sempre trabalhou aqui também.
GAZETA: Quando adolescente, sempre quis seguir o ramo da odontologia? O que te influenciou a procurar a graduação na área?
Tatiane: Desde que me lembro por gente, eu queria ser dentista. Minha mãe diz que, desde meus 4 anos, eu já falava. Ela tinha uma amiga em Paulínia que era dentista e eu gostava muito dela. Ia ao consultório com meus pais e ela me deixava ficar junto segurando o sugador. Eu achava aquilo o máximo e acho que foi aí que nasceu a vontade de ser dentista. Durante o ensino médio, pensei em mudar, fazer publicidade ou história, mas, acabei decidindo por odontologia mesmo.
GAZETA: Onde se formou?
Tatiane: Me formei pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP- UNICAMP) há 11 anos. Já na graduação, sabia que iria tomar o rumo da endodontia, pois, sempre gostei de fazer na clínica da faculdade, assumindo casos além da quantidade necessária para formar. Ao finalizar a graduação, continuei morando em Piracicaba e trabalhava lá e em Rio Claro. Fiz uma atualização em endodontia, curso de um ano e, no ano seguinte, emendei na especialização em endodontia, curso de 2 anos, tudo lá na FOP mesmo.
GAZETA: O que você aprendeu no consultório que não viu na faculdade?
Tatiane: Na faculdade, temos um tempo enorme para fazer os procedimentos e tudo é supervisionado. Aqui fora, aprendemos a ter agilidade, a resolver problemas, criar nosso jeito de atender o paciente. Saímos da faculdade sem muita noção de como é o mercado de trabalho.
GAZETA: Quais as principais dificuldades da odontologia?
Tatiane: Acredito que uma dificuldade é a desvalorização da odontologia.
GAZETA: Muitos acreditam que se trata de uma profissão que “dá dinheiro”. É verdade? Quanto tempo levou para se sentir estável com o consultório?
Tatiane: Não acho que hoje exista uma profissão que realmente dê dinheiro, mas fazer odontologia por status social ou pra ficar rico realmente não compensa (risos). Tudo depende do seu público e da forma como pretende atuar. Eu diria que dentista que tem agenda cheia de pacientes particulares vive muito bem sim, mas, essa não é a realidade para a grande maioria. Sou suspeita para falar, mas acho uma profissão linda e apaixonante, entretanto, qualquer carreira deve ser seguida por gosto. Para mim, poder ajudar alguém com dor é uma sensação muito boa.
GAZETA: Quais foram os seus medos quando iniciou sua carreira?
Tatiane: Quando me formei, tinha medo de não conseguir arrumar emprego, pois não tinha como montar meu consultório. Mas, tudo foi dando certo e ficando cada vez melhor. Fui conquistando a confiança das pessoas, achando um emprego melhor, como em toda carreira. Com cinco anos de formada, montei meu próprio consultório. Este ano, vai fazer 6 anos que estou nele.
GAZETA: Se sente satisfeita com sua vida e carreira?
Tatiane: Não posso dizer que me sinto totalmente satisfeita. Ainda quero alcançar algumas metas profissionalmente. Quero fazer mais uma especialização e vou começar a atender em Paulínia também. Se pudesse, viveria só fazendo canal (risos), mas esse realmente é um plano para o futuro.