O quadro ‘Entrevista’ desta semana é com Maurício Wagner Jorge, com 59 anos. Maurício nasceu em Cosmópolis, onde viveu a vida toda. Formado em Administração de Empresas, hoje, trabalha na Promoção Social de Cosmópolis, como Secretário. Maurício já administrou seu próprio supermercado; trabalhou em Banco; e atuou na carreira política como vereador. Atualmente, segue realizado no cargo público.
GAZETA de COSMÓPOLIS: Nasceu em Cosmópolis? Como tem sido viver aqui?
Maurício Wagner Jorge: Sim, nasci em Cosmópolis e morei na antiga colônia da Usina Ester. Morei aqui a vida toda e sou muito feliz por isso.
GAZETA: Quando você era criança e adolescente, você sonhava em trabalhar com o que?
Maurício: Quando somos crianças e adolescentes, só pensamos em brincar. Cresci numa colônia em que éramos acostumados a viver com o pessoal da colônia e, naquela época, era mais brincadeira. Não pensávamos nisso porque a televisão não era tão desenvolvida, o rádio não era tão comunicativo, não existiam as redes sociais. Vivíamos naquele mundinho em que víamos o pai trabalhar na Usina Açucareira Ester para trazer os frutos e alimentos para a casa; até os 11 anos, eu só pensava em curtir a vida.
GAZETA: Quando você começou a pensar numa carreira de trabalho?
Maurício: A partir do momento em que me mudei para a cidade e o convívio mudou, comecei a estudar, fui para o segundo grau e vi meus amigos almejando profissões, eu passei a pensar em ser advogado. Terminei o segundo grau e fiquei um ano parado, mas, graças a minha mãe, entrei na faculdade Dom Bosco, de Americana, com 19 anos, e me formei em 1982, em Administração de Empresas.
GAZETA: Como foi depois da faculdade?
Maurício: Quando eu saí da faculdade, comecei a trabalhar em um Banco. Trabalhei por onze anos e foi uma experiência boa; você precisa saber administrar o dinheiro dos outros e, quando você entra para a iniciativa privada, começa a administrar seu próprio negócio e seu próprio dinheiro. Foi aí que partiu a ideia de ser empresário. Em 1988, comprei meu supermercado e comecei a administrar meu próprio negócio. Entrei na vida pública e estou aqui até hoje. São 33 anos de vida pública.
GAZETA: Como decidiu entrar na vida pública?
Maurício: Através do meu falecido sogro, Orlando Marsoli. Ele foi vereador por dois mandatos. O banco onde eu trabalhava era em Campinas e eu tinha que viajar todo dia; a Marilza, falecida mãe dos meus filhos, ficava muito sozinha e ele me chamou para me candidatar a vereador, que ele me ajudaria na eleição e, assim, eu ficaria no município – foi isso o que aconteceu. Fui dispensado do banco em que trabalhava e, em um mês de campanha, venci as eleições.
GAZETA: Quanto tempo passou na vida política?
Maurício: Foram quatro mandatos, 16 anos, e mais 2 suplências assumidas.
GAZETA: Como decidiu entrar para a Promoção Social?
Maurício: Eu disputei as últimas eleições e, como não fui eleito, o Pivatto fez um convite para eu vir para cá – aceitei de prontidão.
GAZETA: Você gosta do que faz?
Maurício: Eu amo o que faço. Sempre disse nos microfones da Câmara que devemos respeitar os munícipes. Os impostos que eles pagam, pagam nosso salário e temos que ser fieis a tudo aquilo que vamos fazer em prol da população.
GAZETA: Você se arrepende de algo?
Maurício: Acho que a vida nos ensina a trilhar os caminhos. Eu fico feliz da minha mãe ter me incentivado a estudar.
GAZETA: Quais as dificuldades que você encontra trabalhando na Promoção Social?
Maurício: A falta de RH. Agora com o concurso, vão liberar assistentes sociais para trabalhar, porque queremos melhorar o desenvolvimento do trabalho que fazemos, porque aqui nós cuidamos da ‘barriga’ do mais necessitado que passa fome e, quanto mais gente, mais RH tivermos, mais rápido os benefícios chegarão a quem precisa.
GAZETA: Deixe uma mensagem.
Maurício: Gostaria de dizer para o leitor da Gazeta nunca deixar de ler a bíblia, porque ser cristão é algo diário. Os atos são diários e, de preferência, seguir os Dez Mandamentos. Espero que Cosmópolis tenha um futuro melhor e que ajude os jovens que estão começando na carreira profissional, ajude os idosos, porque, querendo ou não, eles que fizeram nossa cidade e o respeito público tem que fornecer isso sempre, a política hoje, se tiver continuidade, com certeza alcançará isso. Na política, você pode até ser um bom gestor, mas sempre haverá críticas – o que é bom -, pois isso faz com que não fiquemos parados. Torço para que os jovens tenham um futuro brilhante, para que quando se aposentarem tenham uma aposentadoria digna que dê para cuidar da família.