Equipe de vôlei da Terceira Idade de Cosmópolis se prepara para Regional

“Temos uma dificuldade muito grande em encontrar homens para participar do vôlei. Então, quem se interessar, sempre é bem-vindo”

O vôlei da Terceira Idade da cidade de Cosmópolis existe há anos, segundo o professor José Antonio Cerqueira, mais conhecido como Lebrinha. “O vôlei está aqui há mais de 20 anos. Como sou concursado, assumi aqui e dei continuidade ao projeto. No ano passado, não foi renovado o contrato com o antigo professor e me foi passada a tarefa de treinar a Terceira Idade. Aceitei numa boa, pois, se trata da minha área. Faz um ano que estou com esse projeto.
Participamos do Jori (Campeonato) em Limeira e ganhamos o primeiro jogo contra Araras. Participamos também do ADR, que é uma associação regional de vôlei, que possui desde a categoria base até a terceira idade. Cosmópolis estará na categoria 60+, só para mulheres. Nossa estreia é contra Artur Nogueira, às 9h da manhã, na cidade de Pedreira. As cidades participantes são Cosmópolis, Artur Nogueira, Mogi Mirim, Jaguariúna e Mogi Guaçu.
Os homens não irão participar, pois, não temos o número suficiente; precisamos de pelo menos oito e somos em apenas quatro. Qualquer pessoa acima de 50 anos que tenha o desejo de participar é só comparecer aos treinos das 7h30 às 9h30 da manhã, todas as terças e quintas.
É excelente trabalhar com esse pessoal. São todos muito animados e não há tempo ruim. Há dias que chego aqui e tem bolo ou chá. Coisas de vó mesmo (risos). Sempre que há torneio, há uma confraternização com bolo, chá, bolachas (risos). Não penso em sair e, enquanto as pessoas aqui me quiserem como professor, estarei dando aulas”, comenta.
Lebrinha ainda acrescenta que “o vôlei deste pessoal é muito diferente do vôlei clássico. Como por exemplo, podemos citar a alteração no saque, que pode ser lançado ou ser realizado por baixo. Não vale saque por cima. Você pode dar até três toques, passar para três colegas ou lançar a bola direto. Não pode pular para cortar, não pode saltar para bloquear e na recepção da bola você pode agarrar a bola. Caso isso ocorra em dois tempos, o ponto é do adversário”.
O total de jogadores é em torno de 12 a 15. “Temos uma dificuldade muito grande em encontrar homens para participar do vôlei. Então, quem se interessar, sempre é bem-vindo”, diz Lebrinha.
Para uma das jogadoras do time, é uma sensação de realizar, participar de tudo isso. Josefina Luiz Zampieri já está com os seus 65 anos e está super em forma. Ela diz que ama fazer vôlei. “Os treinos estão ótimos, temos um excelente professor. Eu adoro fazer vôlei. É o único exercício que posso fazer. Eu estou aqui desde 1995. Eu via o pessoal da Terceira Idade jogando e comecei a me interessar.
Eu fui a um Jori em Piracicaba, pensando que era velha demais para o esporte, mas, lá vi mulheres muito mais velhas do que eu. Por isso, resolvi entrar junto com o pessoal de Artur Nogueira. Fui presidente por alguns anos do grupo da Terceira Idade por lá, até a professora Denise me convidar para fazer parte da equipe de Cosmópolis, e cá estou eu. Estou muito ansiosa para a Competição Regional.
Aqui conheci muita gente legal, pessoas ótimas e joviais. Me sinto jovem jogando vôlei. Não quero mais parar”.