Erandi Lucas de Brito

Esta semana, a GAZETA de COSMÓPOLIS realizou uma entrevista com um corretor de seguros e administrador. Erandi Lucas de Brito, de 44 anos, também conhecido apenas como “Brito”, contou a trajetória de sua vida, desde a mudança para a cidade de Cosmópolis, na década de 1990, até sua luta na construção de um negócio próprio e a conciliação do empreendimento com o cargo de professor de ensino técnico.

GAZETA de COSMÓPOLIS: Qual sua história em Cosmópolis? Nasceu aqui ou se mudou para a cidade?
Erandir Lucas de Brito: Nasci no estado de Ceará. Com 16 para 17 anos, vim para a região junto com a minha família. No início, fomos morar em Paulínia, mas, na década de 1990, nos mudamos para Cosmópolis.
Quando cheguei aqui, achei a cidade mais pacata e acolhedora. Paulínia sempre possuiu mais rotatividade de pessoas, principalmente, de migrantes, por isso, minha primeira impressão de Cosmópolis foi de um lugar tranquilo e interiorano.
Com o tempo, passei a considerar-me cosmopolense, pois, além de ter construído minha vida por aqui e casado com uma moça de Cosmópolis, gosto muito da cidade.

GAZETA: Qual o motivo do apelido “Brito”?
Erandi: É um nome fácil de pronunciar, e meu nome remete ao masculino e ao feminino. Muitas vezes, as pessoas confundiam e, por isso, começaram a me chamar de “Brito”, pois, ficava mais fácil de identificar.

GAZETA: Como o senhor escolheu sua profissão? Qual foi o primeiro passo?
Eradi: Meu primeiro passo foi estudar. Na época, fiz o ensino médio integrado com o ensino técnico de Administração. Me interessei muito pela área administrativa, o que me levou à formação superior. Trabalhei em algumas empresas em cargos de liderança. Esses desafios, juntamente com a dedicação aos estudos, me trouxeram ao posto onde me encontro.

GAZETA: Em quais áreas, exatamente, o senhor é formado?
Erandi: Sou formado, pós-graduado e licenciado em Administração de Empresas.

GAZETA: O que o levou a abrir um negócio próprio?
Erandi: Eu já havia gerenciado uma empresa em Campinas, e nesse cargo aderi certa experiência, já que via-se necessário que controlasse tudo.
Lembro que fui fazer um curso na cidade de Laranjal Paulista. Lá, conheci muita gente, e essas relações me acenderam o interesse de abrir um negócio próprio. Eu possuía esse desejo, mas, foi a partir desse curso que comecei a por os planos em prática. Foi uma experiência bastante significativa.

GAZETA: Trabalhar para uma empresa e gerenciar o próprio negócio são funções bem diferentes, além de ser um grande passo que traz dificuldades. Para o senhor, quais foram os principais desafios no início?
Erandi: O primeiro desafio de todo empreendedor quando se inicia um negócio, se dá na colocação de ideias em prática, já que, na grande maioria das vezes, as coisas acontecem de forma diferente do planejado. Comigo não foi diferente.
Entretanto, a maior dificuldade foi a falta de dinheiro. A gente acaba investindo todo o capital no negócio sem pensar muito que há um período entre a iniciação e a prosperidade. É importante ter paciência até o negócio tornar-se “maduro” e, sem dúvidas, ter um bom planejamento.

GAZETA: Em sua opinião, qual a base de um bom planejamento?
Erandi: Todo bom planejamento começa com um projeto de negócio.
Além de fazer o que sabe, no que não sabe você deve se especializar, buscar informação sobre aquilo e sempre manter a calma, esperar o tempo correto. Não adianta querer tudo na hora. É muito bom ver a situação e ir planejando até o momento em que tudo estiver mais estável.

GAZETA: Sabemos que, além da corretora de seguros, o senhor também atua como professor. O que o levou a lecionar? Como foi no primeiro momento?
Erandi: Leciono no ensino técnico para jovens e adultos. E nessa área eu me realizo profissionalmente, pois, além de estar em contato com outras pessoas, posso compartilhar minhas experiências diárias como administrador.
Não faço pelo dinheiro, mas sim, por realização pessoal. Para mim, é uma forma de ajudar os jovens que sonham em crescer na área e me manter atualizado. Lá aprendo com o que está acontecendo no mercado tecnológico, as tendências, etc..

GAZETA: Com tantas ocupações, sobra tempo para a vida pessoal?
Erandi: Sou casado e tenho duas filhas. No início, minha esposa reclamava muito da falta de tempo porque, antes de empreender, eu viajava muito. Hoje, eu já consigo conciliar mais o tempo com a família.
Acredito que seja importante encontrar tempo para a família e vida pessoal. Não é fácil, mas vale a pena buscar organizar isso. Como sou uma pessoa de fé, sempre busco a ajuda de Deus em dificuldades, e Ele sempre me ajudou nesse quesito.

GAZETA de COSMÓPOLIS: Quais são os planos e sonhos para o futuro?
Erandi: Em minha vida pessoal, já me realizei em muita coisa. Já como profissional, ainda tenho muitos sonhos. Possuo projetos de abrir filiais da corretora em outras cidades. Mas, em Cosmópolis, quero contribuir mais para a formação dos jovens, quero ver a cidade prosperar no quesito educação. Talvez cooperar para algo como faculdade ou um polo tecnológico. Quero ver a cidade crescer!

GAZETA: Atualmente, o que falta para sua vida?
Erandi: Ver minhas filhas crescerem e se formarem. Tenho dever de introduzi-las nesse universo, mas, tudo vai depender da vontade de Deus.