Eu sou uma perfeccionista em recuperação. Trabalhando na área de decoração, eu me certificava de que cada jantar, festa de aniversário ou dia de brincadeiras fosse planejado com perfeição, e os guardanapos, dobrados da mesma maneira. Deus sabia que era hora de começar uma intervenção em minha vida, mas Ele a realizou sutilmente no decorrrer de mais de um ano.
Em um outono, há alguns anos, eu ouvi um dos meus colegas fazer um discurso de convocação, intitulado “Escolha a Fraqueza”. Em sua apresentação, ele refletiu sobre as suas experiências em necessitar de ajuda e aceitá-la durante um longo período de enfermidade. Ele propôs a pergunta: “E se, em vez de fingirmos ser fortes e escondermos nossas fraquezas das outras pessoas, nós as aceitássemos, escolhêssemos ser vulneráveis, admitíssemos e reconhecêssemos as nossas próprias limitações e as das outras pessoas?”
Vários meses depois, enquanto estava sentada, aguardando a minha vez em um salão de beleza, eu, distraidamente, peguei uma edição da revista Architectural Digest e me deparei com as palavras de Gil Schafer, que diziam: “A verdadeira autenticidade é faltar com a perfeição.”
Por fim, meu insight ocorreu em outubro de 2012, enquanto eu estava ouvindo a tônica de Brené Brown em uma conferência de mulheres em Denver. Em seus comentários, Brown sugeriu que a vulnerabilidade não é fraqueza; ela está no centro das experiências humanas significativas. Bem ali, naquele salão de conferência, eu queria gritar: “Senhor, eu entendi!”
Obrigada, Senhor, por me ensinar que as pessoas a quem amamos não necessitam de nossa perfeição. Em vez disso, se formos fortes o bastante para abandonar as fachadas e revelar o nosso eu autêntico, é aí que poderemos desenvolver as nossas mais profundas relações humanas. Ao escolhermos ser vulneráveis, nós derrubamos barreiras que se interpõem no caminho da verdadeira intimidade; barreiras estas que sugerem que nós, de alguma forma, somos melhores do que as outras pessoas; mais belas ou até mais justas. E se, em vez disso, nós humildemente admitíssemos nossas falhas às outras pessoas? E se admitíssemos que nós também cometemos erros? Que em alguns dias deixamos de lavar as roupas? Que as louças ficam empilhadas na pia e que a nossa casa é uma bagunça?
E se escolhêssemos hoje ser as primeiras a dizer: “Eu estava errada” ou “me desculpe por isso”? E se nos apresentássemos umas às outras simplesmente como companheiras de jornada que necessitam de um Salvador? Escolherá você a fraqueza hoje?
Kathy-Ann C. Hernandez