“Ele te protegerá debaixo das Suas asas” Salmos 91:4 (BV)
Você já viu um pintinho pulando, piando, bicando, agindo como pintinho? Se a galinha perceber a presença de um predador, não marca um seminário, não planeja uma aula de auto-ajuda nem começa a enviar emails. Ela levanta as asas e, dentro de segundos, todos os pintinhos desaparecem debaixo dela.
No lugar de uma mãe apaixonada pelos filhotes, cercada de diversos pintinhos animados, agora o predador nada vê além de uma mamãe de aspecto assustador, que simplesmente desafia o inimigo a dar um passo à frente. E, na escuridão das asas, os pintinhos dizem uns aos outros: “Você viu o tamanho dos dentes daquele lobo?”.
Um dia, os pintinhos terão de se arrastar para fora e enfrentar o mundo como ele é. Mas, até esse dia chegar, nada se compara ao abrigo macio daquelas asas – a penugem fina acariciando suas cabeças; o calor da mãe acalmando seus temores; as batidas compassadas do coração dela findando seus medos.
Hoje, ainda hoje, Deus Se deleita em abrir Suas asas protetoras e acolher Seus filhos assustados, exaustos, desanimados, desgastados.
“Escondam-se aqui por um pouco”, diz Ele. “Saiam do perigo. Reagrupem-se. Recuperem-se. Encontrem novas forças”.
Claro que chegará a hora em que Deus erguerá suavemente as asas e levará Seus filhos a se aventurarem de volta ao mundo de perigo, mas aí estarão um pouco mais calmos, um pouco mais fortes e um pouco mais confiantes.
Embora essa talvez seja a melhor notícia que já se ouviu, alguns podem dizer: “Deus é meu refúgio? Grande coisa. Não preciso de um lugar de refúgio no momento. Está tudo bem”.
Por enquanto, pode ser que tudo esteja indo bem para você. Mas posso dizer algo que vejo da perspectiva dos poucos anos que tenho: se você pensa que toda a sua vida vai ser um mar de rosas, está enganado. É mais do que provável que entre o dia de hoje e o dia da sua morte, você, como cada um de nós, tenha mais do que sua cota de sofrimento, de dor e de adversidades. Nesse momento, você entenderá quanto precisa de um porto seguro, de um refúgio… vai se sentir oprimido. Exausto. Atemorizado. Enlutado. Preocupado. Decepcionado. Solitário. Inconsolável… simplesmente querendo um lugar de refúgio…
Pr. Adriano Vargas
Igreja Adventista Cosmópolis Central