Escutar música pode ajudar na concentração

Ouvir música pode trazer muitos benefícios, inclusive, na concentração. Muitas pessoas usam a música, por exemplo, como um auxiliador de estudo para ampliar o foco e a concentração. Também é comum ver pessoas praticando exercícios físicos ouvindo música, o que pode animar na hora de trabalhar o corpo.
“A música é uma ferramenta fantástica quando o assunto é concentração. Um exemplo é quando estamos assistindo um filme de suspense e, em uma determinada cena, ficamos muito concentrados no que vai acontecer naquele momento, sem percebermos que, junto com a cena, tem uma música fazendo toda a diferença para prender sua atenção. Aí chegamos à conclusão que ouvir a música certa pode, sim, ajudá-lo a se concentrar melhor em outras atividades”, explica Edilson Aquino Ribeiro, músico há 15 anos e professor na escola de música IME.
O estilo musical varia em situações específicas, mas, o ouvinte tem que escolher o que melhor lhe agrade. Por exemplo, se for estudar para uma prova, o ideal é uma música constante que não mude muito de ritmo. Sendo assim, não importa o estilo musical. Contudo, se for para praticar atividades físicas, quanto mais mudança no andamento, melhor para o desempenho e dinâmica do treino. “Enquanto a pessoa está com fones de ouvido, escutando sua música favorita, diferentes áreas do seu cérebro são ativadas. As regiões estimuladas são distintas e dependem do tipo de música que você ouve: se é conhecida ou não, se é triste, se é agitada, se é cantada ou instrumental”, relata.
Sons da natureza também podem ser algo para levar em conta. Estudos dizem que músicas que trazem elementos naturais como, por exemplo, cantos de pássaros, sons de floresta ou de chuva, melhoram o foco e tiram a tensão. Sons naturais também aumentam o funcionamento cognitivo, aperfeiçoam a capacidade de concentração e aumentam a satisfação num geral.

Edilson é Músico e Professor no IME

Mas, isso não serve para todas as áreas. “Tarefas administrativas complexas, por exemplo, são melhores realizadas em silêncio”, comenta. É ideal que a pessoa teste e veja se consegue se adaptar a esse método. Mas, se isso não funcionar, existem diversas outras opções que pode escolher para melhorar a concentração e o foco. “A música funciona melhor para estimular quem precisa realizar tarefas repetitivas e que não exijam muitas habilidades cognitivas”, explica.
Este é um método que serve para todos e não há nenhuma restrição, mas, claro, com cuidado. Prestar atenção no volume também é algo de extrema importância para que não haja nenhum tipo de problema auditivo a longo prazo.
Mas, como tudo em excesso, usar a música para concentração também pode trazer riscos “quando a pessoa não dá um tempo para o cérebro e ouve música constantemente, fazendo com que o benéfico da música desapareça. É que, às vezes, o cérebro precisa de todas as cognições possíveis para trabalhar direitinho”, alerta o músico.