Especialista garante que adestramento pode ser feito em qualquer raça

Renato Mariano é adestrador de cães há 35 anos e Policial Reformado. Especialista em adestramento, ele dá algumas dicas sobre o assunto:

Raças:
“Todas as raças podem ser adestradas, mas, algumas têm maior facilidade de aprendizagem, outras não. Depende muito também da habilidade do adestrador”, explica. Segundo Renato, as raças que estão mais em alta no mundo e no Brasil são Pastores Alemães, Rottweiller e o Pastor Belga de Malinois.

Dificuldades
“Normalmente, a maior dificuldade para o adestramento é o dono. O cão aprende por memória, o cão aprende por condicionamento. Nós temos apenas três segundos para corrigir ou elogiar o cão. Nosso método não é de castigo; no meu curso, eu uso muito a psicologia positiva e assertiva”, esclarece.

Clientes
“Conto com uma clientela razoável. Ano passado, adestrei 22 cães”, afirma.

Benefícios
“Costumo dizer que cães adestrados, donos felizes. A obediência é a base de tudo. É desegradável a pessoa comprar um cão caro, mas, o cão não ter educação. Você vê uma pessoa passeando e vê o cão arrastando o dono, parece que o animal está levando o dono para passear. Ensinamos que o dono é o líder. Tem o lado de temperamento, quando você vai adquirir um filhote é bom se informar para não ter problemas em casa, como agressividade, estresse e essas coisas. Cães de temperamento forte não servem para o dono de temperamento forte; tem que ser equilibrado”, pontua.

Duração
“O meu trabalho dura, no básico, que é obediência e ataque para cães de guarda e companhia, de 6 a 8 meses de aula. São duas aulas por semana, oito aulas mensais. Quando se trata de adestramento especializado, que é para cães de competição, faro, dura mais de um ano e é para raças específicas”, explica.
A média de preço é de R$ 80,00 por aula, cada aula com duração de 30min a 40min. “A partir do quarto ou quinto mês, o dono entra junto, que é a parte mais difícil. É muita responsabilidade e experiência”. Ele ainda completa que “o adestramento é em domicílio. Primeiro, é feita uma socialização, eu saio com ele pelo bairro; e depois, ele entra no adestramento propriamente dito”.

O profissional
“Eu servi nove anos no Canil Central da Tropa de Choque em São Paulo e me aperfeiçoei lá. Fui campeão Paulista, Brasileiro e Sulamericano de Adestramento. Hoje, além do comércio, trabalho com adestramento particular, pois, tenho uma paixão por isso. Já tentei parar, mas, o cliente sempre vem atrás”, conta.

Renato e seu aluno Riffle