Estudante universitário ganha vida vendendo trufas e fazendo paródias pelas cidades da região

Odean Farias de Sales, 32 anos, virou um sucesso na internet após a publicação de um vídeo onde cantava uma paródia da música Despacito sobre venda de trufas. O vídeo atingiu a marca de 11 milhões de visualizações em quatro dias e, atualmente, possui, aproximadamente, 23 milhões de visualizações.
Além de vendedor, Odean é também estudante de Letras pela Universidade Adventista de São Paulo (UNASP), e conta que a ideia de comerciar trufas surgiu logo que se mudou de Timbiras – MA para São Paulo com o objetivo de cursar música. “Em 2012, tomei a decisão de me graduar em música. Fui para Engenheiro Coelho e deixei minha esposa e filha no Maranhão. Caso tudo desse certo, eu mandaria buscá-las”, conta.
Foi então que, para custear os gastos da faculdade, assim como muitos estudantes universitários o fazem, Odean começou a sair às ruas vendendo trufas. “Na primeira, saí para vender em Paulínia. Foi muito difícil! Pensei em desistir e voltar para o Maranhão”, desabafa. “Chegaram a me ensinar como eu deveria fazer para conseguir atenção, citando, principalmente, o fato de ser estudante, mas, não funcionava. As pessoas sempre diziam já terem comprado com outros”.
Para Odean, era importante conseguir clientes, pois, caso contrário, não poderia se manter. “Logo pensei em usar rimas. Abandonei o discurso de estudante e comecei a usar frases como ‘Compre a trufa de limão, uma boa opção’ (risos)”, explica o vendedor.
As rimas foram transformadas em músicas e, rapidamente, as vendas dobraram. “A primeira paródia que fiz foi da música ‘Te Esperando’, do Luan Santana, que virou ‘Me Formando’. A partir de então, não parei mais. Parodiei também a ‘Despacito’, do Luis Fonsi, que acabou fazendo muito sucesso. Hoje, tenho em torno de 15 paródias”, afirma Odean.
Atualmente, em decorrência do horário das aulas, o maranhense não cursa mais Música, e sim, Letras. Durante o dia, encontra-se pelas cidades da região cantando paródias para conseguir o sustento. “Aos domingos, estou na feira de São José, em Paulínia. Às sextas-feiras, estou em Artur Nogueira ou em Mogi Mirim. Em Cosmópolis, venho poucas vezes, mas, sempre pelas ruas mais afastadas do Centro”.