O cineasta Steven Spielberg escreveu e produziu um filme que foi sucesso de bilheteria em todo o mundo. Dirigido por Tobe Hooper, Poltergeist – o Fenômeno levou o tema da possessão para as salas de televisão com um pote de pipoca. O fascínio pelo sobrenatural cresceu, atingindo proporções jamais vistas. Desde então, consumir o terror e o medo tem sido o hábito de milhões de pessoas de todas as idades. Aliás, produzir terror como entretenimento tem sido algo muito lucrativo. Estima-se que, todos os anos, os Estados Unidos movimentem cerca de 6 bilhões de dólares com essa linha de filmes somente no feriado de Halloween.
Segundo a CNBC, canal por assinatura dedicado a notícias de negócios, sete em cada dez americanos participam dessa festa anualmente. Isso nos dá uma ideia da popularidade que bruxas e mortos-vivos têm naquele país. “Doces ou travessuras?” Por trás da pergunta aparentemente inocente que as crianças fazem na comemoração do dia das bruxas, uma indústria bilionária se movimenta com tentáculos cada vez mais fortes e longos. Isso deve nos fazer refletir. Será que a indústria do medo, com suas bonecas monstruosas, seus jogos mortais e filmes tenebrosos, se interessa apenas por lucro? Tudo em termos de cinema macabro se resume a entretenimento e dinheiro? A resposta parece ser “não”. Existe algo além daquilo que nossos olhos podem ver. Uma estratégia muito bem articulada tem estado em operação para alcançar a mente de crianças, adultos e idosos.
Nesse contexto, a primeira coisa que precisamos saber é que o diabo existe e está ativo na Terra. A Bíblia diz: “Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta” (Apocalipse 12:12). Segundo as Escrituras, o anjo Lúcifer foi criado por Deus como um ser de luz. Ele era perfeito em tudo o que fazia, até que a inveja e o orgulho encontraram espaço em seu coração (Ezequiel 28:11-15). Como um ser perfeito em um ambiente perfeito pôde originar o mal é um mistério não revelado (ver 2 Tessalonicenses 2:7). No entanto, sabemos que o gênio do mal existe, é real e não está sozinho. O livro do Apocalipse também relata que, por meio de mentira e engano, ele levou um terço dos anjos celestiais a desconfiar do governo de Deus. Como resultado desses questionamentos, eles promoveram uma grande rebelião no Céu.
A Bíblia declara: “Houve peleja no Céu. Miguel e os Seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no Céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a Terra, e, com ele, os seus anjos” (Apocalipse 12:7-9). À luz dessas revelações sobre o conflito entre a luz e as trevas, podemos afirmar que a indústria do entretenimento, ao produzir filmes macabros, não movimenta um negócio interessado apenas em lucro e diversão. Essa indústria pode ter se tornado um instrumento por meio do qual o reino das trevas avança em seu domínio sobre as pessoas. A banalização do grande conflito entre o bem e o mal nas telas do cinema tem levado multidões a minimizar a verdadeira guerra na qual estamos envolvidos e a ignorar o astuto inimigo. Enquanto ele é motivo de piada e diversão, como ocorre em tantos filmes, as pessoas tomam poucos cuidados e a porta do coração permanece aberta para a influência perversa. Podem, nesse caso, ser alvo fácil para aquele que vem roubar, matar e destruir (ver João 10:10).
Uma das manifestações mais dramáticas desse poder inimigo é a possessão, quando um espírito toma conta da pessoa, controlando-a indefinidamente, até que possa ser libertada por Deus. Diante disso, torna-se necessário examinar os efeitos dessa indústria do entretenimento à luz das Escrituras e tomar medidas apropriadas. Além disso, é preciso também considerar o mesmo fenômeno que tem lugar no rádio, na televisão e em muitos cultos atuais.
Seriam reais as possessões transmitidas dessa forma? É possível haver teatralizações em cultos de expulsão de espíritos? O que a Bíblia nos diz sobre isso? Em primeiro lugar, precisamos saber que negar o exorcismo é rejeitar parte do ministério de Jesus, que libertou muitas pessoas desse mal milenar. Durante Seu ministério, Jesus libertou cativos espirituais, pessoas que tinham estado aprisionadas por anos. Os evangelhos registram sete episódios envolvendo endemoniados (Mateus 9:32; 12:22; Marcos 1:23; 5:2; 7:25; 9:17; Lucas 10:17). Todas essas pessoas tiveram uma coisa em comum: foram libertadas por Jesus ou em Seu nome. Ele deixou evidente Sua soberania sobre tudo e todos, inclusive sobre os espíritos maus (Mateus 9:33). Não há poder no universo capaz de resistir à ação direta de Jesus e, nisso, reside nossa certeza da vitória sobre o pecado e o mal.
Embora haja evidências de que a possessão seja real, não há diagnóstico psiquiátrico sobre o fenômeno e que seja reconhecido pelo DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais). Talvez por isso, muitos não acreditem que uma pessoa possa ser controlada por agentes espirituais. Preferem pensar que o paciente sofra de algo como esquizofrenia, histeria, psicose, epilepsia, transtorno dissociativo de identidade, ou ainda, síndrome de Tourette (distúrbio neuropsiquiátrico caracterizado por tiques múltiplos, motores ou vocais). No entanto, o que não é explicado pela medicina é a extraordinária força física e as informações, por vezes detalhadas, de fatos secretos ou impossíveis de a pessoa ter conhecimento. Outro aspecto importante a ser considerado é que a pessoa endemoniada entra em estado de fúria, ódio e violência quando o nome de Cristo é enaltecido. Basta que se leia a Bíblia ou se cante um hino para se presenciar o fenômeno.
Eternamente Livre
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