Entrevista com Luís Bromel e Ibraim Gabbai

O quadro ‘Entrevista’ desta semana é com Luís Henrique Bromel, com 33 anos, e Ibraim Annoar Gabbai Tomaz, com 23 anos, que trabalham com uma oficina. Ambos nascidos e criados em Cosmópolis, eles nos contam um pouco mais sobre o negócio da família.

GAZETA de COSMÓPOLIS: Você nasceram e foram criados aqui em Cosmópolis? Como foram suas infâncias?
Luís Henrique Bromel: Nasci e cresci aqui. Minha infância foi boa. Sou de família humilde. Na época, ganhei um título do clube e, então, frequentava o Clube Cosmopolitano. Brincava muito na rua, porque era fácil, não tinha muito movimento e tinha muitas crianças. A minha infância foi excelente, não tenho do que reclamar.
Ibraim Annoar Gabbai Tomaz: Eu nasci e cresci aqui e a minha infância foi muito boa também.

GAZETA de COSMÓPOLIS: Quando você descobriu que queria trabalhar com oficina?
Luís: Mecânica é uma herança de família. Meu avô era mecânico, meus tios também e agora meu primo é o mecânico da oficina. Minha família é de mecânicos, então, eu decidi abrir, junto com meu primo, para continuarmos o negócio da família. Eu sou mecânico de manutenção e montador, mas, de carro, na verdade, não, porque eu achava muito difícil, e tem que ter muitos anos de experiência. Como meu sócio, que é meu primo, cresceu aprendendo com nosso avô, então, abrimos nossa oficina. Inclusive, o nome “Oficina do Vô” é em homenagem ao nosso avô.

GAZETA de COSMÓPOLIS: Como é ser autônomo?
Luís: Eu tenho uma MEI, microempresa individual. Não é tão difícil quanto parece para abrir, mas o difícil é nos manter. É preciso ver o negócio que está abrindo e conhecer o ramo que está ingressando. Pelo fato do meu pai ser empresário, foi mais fácil para eu abrir esse negócio. Ser autônomo não é fácil, porque é preciso dedicar muitas horas do dia.

GAZETA de COSMÓPOLIS: Quando vocês começaram com esse negócio?
Ibraim: Faz dois meses e meio.

GAZETA de COSMÓPOLIS: Quais foram os principais desafios quando vocês começaram?
Luís: O dinheiro. Meu primo e eu somos conhecidos, então, fomos começando na propaganda de boca mesmo.
Ibraim: Como a família é conhecida, não tivemos dificuldades com clientes. Já ficamos com os meus clientes antigos.

GAZETA de COSMÓPOLIS: O que vocês acham que faltou no início da carreira de vocês e gostariam de passar para quem está começando agora?
Ibraim: Eu acho que faltou incentivo porque, quando começamos, muitas pessoas falaram que não ia dar certo. Teve muito pessimismo. Mas, nós pensamos positivo e lutamos para conseguir. Tenha positividade sempre.
Luís: Faltou apoio de quem estava ao nosso redor. Colocaram muita barreira na nossa frente. É preciso ser otimista, dedicado, ter foco e coragem.

GAZETA de COSMÓPOLIS: Deixe sua mensagem.
Luís: Sonho todo mundo tem, mas só alcança quem realmente quer. Tudo que eu quis, demorou, mas, eu consegui.
Ibraim: Pense positivo sempre, porque quando você luta pelo que você quer, você sempre chega lá.