Transporte tem garantido que os órgãos de doadores não se percam e que pacientes possam viver mais ou melhor
No último dia de novembro, a Força Aérea Brasileira fez o transporte de número 220 de órgãos para transplante em 2017. Um paciente de Brasília recebeu um fígado a tempo depois de mais de seis horas de voo.
O 4º Esquadrão de Transporte Aéreo saiu de Guarulhos (SP) com destino a Campo Grande (MS), onde a equipe médica fazia a extração de um fígado. O médico Luís Gustavo Guedes e a enfermeira Gislaine Aparecida Amaral Albuquerque acompanharam todo o transporte até Brasília, onde estava o receptor.
Para o tenente aviador Raphael de Assis Meucc, é sempre uma honra e um orgulho fazer esse transporte. “É muito gratificante contribuir para salvar ou melhorar a qualidade de vida de um cidadão brasileiro”, afirmou o aviador.
Balanço do ano
Segundo a Força Aérea, o último balanço atualizado da instituição mostra que 220 órgãos foram transportados em 2017. Para isso, foram necessárias 910 horas de voo. A instituição informou ainda que os órgãos mais transportados foram coração, fígado e rins.
Nesse tipo de transporte, o tempo é determinante para o paciente e para que não se perca o órgão. O prazo entre a retirada do órgão do doador e o implante no receptor é chamado de tempo de isquemia e varia. Os tempos máximos de isquemia normalmente aceitos para o transplante de diversos órgãos são coração, 4 horas; fígado, 12 horas; pâncreas, 20 horas; pulmão, 6 horas; rim, 48 horas.