Falar sobre dinheiro continua sendo um tabu entre casais

Método mais plausível e efetivo é o diálogo aberto. Não há nada mais simples como também mais importante que isso

É muito comum ouvir falar que o dinheiro ou a falta dele é um dos motivos de divórcios e separações. Mas, o economista José Adilson da Silva não acredita nisso e explica que outros fatores vividos pelos casais podem levar a separações.
Segundo o economista, todos nós buscamos a felicidade na vida e, para cada um, ela é muito diferente. “A saúde financeira é um item importante na vida, mas, não mantém a felicidade para sempre”.
Atualmente, o dinheiro continua sendo um tabu em casamentos, como explica José Adilson. “Isso acontece devido à falta de diálogo. Em minha opinião, o primeiro passo para isso é o diálogo. O método mais plausível e efetivo é o diálogo aberto. Não há nada mais simples como também mais importante que isso”.
O casal precisa sentar para conversar e definir como gerir as contas. Para isso, é importante saber as despesas comuns, como gastos certos de todo mês, prestações do cartão de crédito, financiamento de bens maiores, possibilidades de poupanças e preços de itens menos essenciais, como, por exemplo, viagens e presentes.
Para isso, o economista esclarece que “hoje, possuímos alguns aplicativos muito simples de utilizar que podem ajudar a gerir as contas do casal. Houve uma época em que só o homem trabalhava e possuía rendimentos; agora, a situação é bem diferente, as mulheres estão cada vez mais inseridas no ambiente do trabalho e não é raro ver que os rendimentos das mulheres são superiores aos dos homens. Através da planilha, definem quem paga o que”.
Depois de relacionar todas as despesas, o casal deve determinar a forma em que cada um pode contribuir. “Um passo importantíssimo é realmente relacionar todas as despesas do mês, e com diálogo e transparência de cada qual deve ficar responsável em liquidar esta ou aquela despesa. Isso estamos falando de um casal que não tem filhos”.
Aqueles casais que têm filhos devem equacionar as contas de forma que fique uma contribuição justa para ambos, respeitando sempre o rendimento dos dois. “Não existe um modelo único, não existe receita para isso. Cada casal deverá descobrir qual é a melhor forma de gerir e dividir suas despesas”.
Outra discussão presente que o economista relembra é a questão da opção de colocar uma conta e um cartão de crédito conjuntos. “A pergunta que se faz aqui é: Precisa juntar? Qual é o risco de juntar? Uma das partes perder o controle do que de fato é saldo disponível em conta corrente para investimento e gastar aquele valor que estava na conta corrente, aguardando a devida data para seu débito de uma determinada despesa e por esse motivo gerar uma discussão envolvendo este valor gasto que não poderia usar”.
Por esses motivos, o casal deve sentar e conversar sobre a vida financeira para toda tomada de decisão.
Conversar, dialogar e dividir as despesas de forma justa são fatores que trazem uma vida saudável ao casal, sendo necessário unir outros fatores para uma vida feliz e saudável do casal.

José Adilson da Silva
Economista
Fone: (19) 99104-5387