Ter um carro não é só simplesmente dirigir quando for necessário; possuir um veículo exige cuidados e é para isso que servem as revisões periódicas, para verificar se algo está errado em algum dos componentes ou sistemas do carro.
Entretanto, existem peças que não têm tempo específico de revisão, e depende da percepção do motorista através de alguns sintomas específicos.
Todo e qualquer sintoma diferente que o carro apresente, a primeira decisão que deve ser tomada, e também a mais inteligente, é procurar um especialista que detecte o que e onde está danificado.
O sistema de transmissão é um desses sistemas que não exige revisão periódica direcionada especificamente a ele; quando está danificado, só é possível saber através dos sintomas que ele apresenta.
O mecânico Edson de Jesus Lopes explica que o sistema de transmissão é responsável pelo movimento do carro. “O motor passa a força para a transmissão, para poder locomover o carro. Por isso é tão importante”, ressalta.
Os principais componentes que fazem parte desse sistema são motor, câmbio, eixos de homocinética que transferem o movimento para as rodas e embreagem.
Os sintomas que esses componentes do sistema podem apresentar caso estejam danificados, segundo o especialista, são barulhos, como estalos; dificuldade de engatar a marcha; e o pedal da embreagem fica mais duro ao ser acionado.
Edson explica que linhas de pipa com cerol podem danificar um dos componentes do sistema, que são as coifas. “Nos eixos, existem coifas, e elas têm graxas ou óleos de lubrificação. Se o eixo homocinético deixar esse óleo vazar, ele pode fundir o câmbio; e as coifas, se furarem devido a linhas de pipa com cerol, podem quebrar. Por essa razão, o motorista deve se atentar a manchas escuras ou de óleo na garagem, outro sintoma de que pode ter algo errado com o sistema”, adverte Edson.
Como já dito anteriormente, esses problemas podem ser percebidos através de sintomas, mas, o mecânico recomenda que, mesmo assim, seja feita uma revisão completa do veículo a cada 20 mil quilômetros rodados. “Se o motorista ficar com esse sistema danificado, ele pode estragar outros componentes do veículo, gerando ainda mais gastos”, alerta ele.