Se o seu carro está apresentando falhas, alto consumo de gasolina e perda de potência, é bastante provável que o defeito seja na bobina de ignição – componente pouco conhecido, que pode ser responsável por todos esses problemas de uma só vez.
De acordo com o técnico em mecânica de autos, Adilson Pereira, a função da bobina é transformar a tensão do sistema de alimentação do veículo vindo da bateria e conduzi-lo pelos cabos de velas, onde é convertida em uma centelha que dará início à reação da queima do combustível. “Essa tensão é transferida para as velas de ignição em que são produzidas as faíscas necessárias para a combustão e o consequente funcionamento do motor”, define.
Quando a bobina está com defeito, a corrente chega irregular às velas, o que provoca problemas na combustão. “O mau funcionamento da bobina causa a perda de potência, aumento de consumo, marcha lenta irregular, falhas nas retomadas e aumento da emissão de poluentes”, explica o especialista.
Quase todos os carros são equipados com uma bobina que distribui a corrente para as quatro velas. “Quando a corrente fica irregular em uma das velas, começam as falhas. Geralmente, esse é o principal sintoma de que a peça está com problema”, esclarece.
Além disso, o profissional informa que a bobina trabalha em conjunto com cabos de ignição e velas. “Velas desgastadas e cabo de ignição desgastado também podem diminuir a vida útil da bobina”, observa.
A fim de prolongar a vida útil da bobina, Adilson recomenda que o ideal é manter cabos e velas sempre revisados e trocar sempre que necessário. “A bobina original costuma durar mais de 200 mil quilômetros, dependendo justamente do cuidado que o proprietário do veículo tem com as revisões e manutenções corretas”, finaliza.
Nas manutenções realizadas pelas oficinas especializadas, são verificados: tensão alta do alternador, potencial de massa ineficiente, velas de ignição com desgastes, cabos supressores, conexões com zinabre, módulo de ignição, curto circuito nos enrolamentos da bobina e trincas na peça.