Entre os dilemas da crise está a necessidade de todos os membros da casa trabalhar para a busca do sustento e manter as despesas da residência. Isso influencia em uma busca ainda maior das mães por vagas nas creches públicas, fazendo sobrar tempo para os ofícios. Contudo, esta problemática, segundo algumas mães cosmopolenses, tem se tornado uma espera longa e quase sem esperanças.
Uma mãe de 22 anos, que preferiu manter sua identidade em sigilo, desabafa. “Sobre a grande procura em creches públicas, está cada vez mais difícil para todos, principalmente, nós, mães e pais que trabalhamos fora. Eu, por exemplo, demorei aproximadamente dois anos para conseguir a vaga da minha filha”.
Mesmo assim, ela incentiva: “Recomendo às mães para nunca desistir, sempre correr atrás. Toda semana, eu ia na creche para ver se conseguia a vaga para minha filha. Nunca desistia, pois, a cada dia que ia, a diretora de uma das creches do município sempre me dava uma nova esperança! Graças a Deus, neste ano, eu consegui a sonhada vaga, o que me ajuda bastante para poder trabalhar!
Se não fosse minha sogra se disponibilizar em ficar com minha filha desde os 4 meses de vida dela, infelizmente, eu teria que sair do trabalho, pois não tenho condições para pagar uma creche particular, é completamente fora do nosso orçamento familiar!”.
Na Secretaria de Educação do município, comandada pelo Professor Paulo Alves Pereira, encontramos uma outra responsável, desta vez a avó, que também disse que está a procura de uma vaga há mais de um ano. “Desde quando a minha neta tinha 10 meses, procuramos por uma vaga nas creches públicas, pois a mãe dela precisa trabalhar. Eu gostaria muito de ficar com a minha neta, porém, problemas de saúde me impedem de acompanhá-la por todo o período.
Essa busca começou há mais de um ano. Quando procuramos, anotaram nossos dados, pegaram nosso telefone e disseram que iriam retornar. Contudo, isso já faz mais de um ano e ainda não tivemos resposta, por isso, vim até a Secretaria novamente para tentar uma vaga para minha neta!”.
A Secretaria de Educação foi questionada sobre o déficit de vagas em Cosmópolis. Por duas vezes, o secretário não pode atender a equipe do Jornal Gazeta de Cosmópolis. As perguntas também foram enviadas por e-mail, mas, também não foram respondidas até o fechamento desta edição. Fica aqui espaço livre para o pronunciamento, caso queira se manifestar.
