Ao todo, foram cerca de dois meses e meio para conseguir arrecadar o valor aproximado de R$ 12 mil. O montante de dinheiro foi revertido em uma nova cadeira de rodas para Matheus Bossardi, que sofre de esclerose múltipla, já que o menino não cabia em sua antiga cadeira de rodas.
Todo esse valor foi arrecadado por meio de doações. A mãe do garoto, Katia Bossardi, conta que muitas doações foram feitas pela internet, mas, houve também muitas pessoas que preferiram fazer pessoalmente.
Cobrar R$ 10 em uma festa de aniversário, vender anel de ouro, montar caixinhas de madeira e distribuí-las pela cidade, tudo isso aconteceu em prol do conforto e segurança de “Math”, como é chamado por amigos e familiares.
Com o valor arrecadado, foi possível renovar a cadeira de rodas, comprar um novo colete ortopédico, uma órtese e ainda sobrou uma quantidade para adaptar a cadeirinha do carro; todos equipamentos que garantem melhor qualidade de vida para o menino.
Katia explica que, hoje, ele está mais confortável e seguro. Lembra, ainda, que, antes, o quadril dele não ficava muito firme, podendo ocasionar uma possível queda. A atualização da cadeira foi devido ao crescimento do garoto.
“Ele tinha uma rotação no quadril e no ombro, o que o deixava torto”. Entretanto, com os novos equipamentos, a mãe afirma que ele está se sentindo melhor. “Ele não reclama mais, sorri e até dorme na cadeira. Antes, ele reclamava muito, não queria ficar na cadeira”.
A troca era necessária, já que sua cadeira antiga, que já havia passado por três adaptações, não era adequada para seu tamanho, deixando-o torto e agravando o quadro de saúde.
Além de tamanho, a nova cadeira conta com uma construção que dá um ajuste de inclinação, fazendo com que ele possa até mesmo dormir nela, se quiser.
O novo material também ajudou no conforto, já que é produzido em um material que não esquenta.
A cadeira de rodas adaptada foi feita em Barão Geraldo, somando uma das sete cadeiras nesse formato em todo o Brasil.
Cuidados
Devido a necessidade de cuidados diários em maior parte do dia, Katia afirma que prefere trabalhar por conta como cabeleireira. “Não posso ficar longe dele”.
Experiências
Não é a primeira arrecadação que a família faz em prol de ‘Math’. No passado, afim de readaptar a sua antiga cadeira, Katia recorreu à venda de rifas para o sorteio de um portão eletrônico, ramo em qual seu marido trabalha, e uma balaiagem.
Essa arrecadação durou cerca de um mês, entretanto, o valor era menor do que essa feita para a compra de uma nova cadeira.
Futuro
Por conta do crescimento e da evolução da doença, Math necessitará de novos equipamentos ao longo dos anos. Segundo Kátia, sua nova cadeira deve durar pelo menos até uns cinco anos, mas, depois desse período, precisará ser substituída.
Porém, ela afirma que não planeja realizar novas arrecadações.
A mãe conta que fica muito grata de saber que tem diversas pessoas que ajudaram e se importaram com sua família.