Em 17 de julho de 2010, a fanfarra Força da Águia foi criada. Seus fundadores, José Antonio Ferreira e Clovis Maldonado, em um desejo de introduzir o projeto no município, empenharam-se em concretizar a ideia, que, hoje, após 8 anos, é também uma ONG.
Como tudo começou
José Antonio Ferreira e Clovis Maldonado já estavam imersos no mundo musical muito antes da fundação da Força da Águia. Clovis, um músico apaixonado por fanfarras; e José, colaborador da orquestra da Igreja Assembleia de Deus (Madureira) por 10 anos, se uniram para a criação do grupo, que abrangia não só a igreja, mas, o município como um todo, já que o mesmo carecia de projetos como aquele.
Mesmo tendo sido criada de forma independente, a Força da Águia contou com auxílio do pastor presidente da igreja, Alcides José Balarin, que cedeu o espaço da Escola Macalão para os instrumentos e reuniões dos membros.
Nome
Em sua essência, a fanfarra tem fortes vínculos com a Assembleia de Deus. No período de sua fundação, a ideia de José Antonio e Clovis era continuar no foco da própria igreja, uma águia, esta que é símbolo de coragem e força. Dentre as opções cogitadas, “Força da Águia” tornou-se o mais coerente para o desejo dos precursores do projeto.
Composição
Atualmente, a fanfarra consiste de 60 componentes, sendo que 20 compõem o corpo coreógrafo (linha de frente, bandeiras e coreografia). Os músicos somam 40 pessoas, divididas entre percussão (tabacas, caixinhas, bumbos, liras e pratos) e sopro (trompete, trombone, bombardino, tuba e saxofone).
Dificuldades
Segundo José Antonio, o patrocínio se mostra o maior problema na trajetória do grupo. “Meu maior patrocinador é também o meu pastor, Alcides Balarin. Com o local fornecido por ele, não precisamos pagar aluguel para instalação dos instrumentos. Além disso, recebemos uma quantia da loja Marson, mas, fora eles, não há mais patrocinadores, o que implica muito em nossos projetos externos, como viagens e competições. Quando somos convidados para participar de algo fora da cidade, fazemos o possível para que sejam cedidos o transporte e a alimentação dos músicos, mas depende muito do caso”, esclarece.
Competições
Neste ano, a fanfarra Força da Águia participou de sua primeira competição, que aconteceu na cidade de Socorro – SP e lhes rendeu um troféu. “Agora, estamos nos aprimorando, pois, uma fanfarra que participa de campeonatos precisa estar bem alinhada, desde sapatos e uniformes, como música e corpo coreógrafo”, pondera.
Em prol do município
Segundo José Antonio, um dos maiores infortúnios de sua trajetória com a fanfarra foi ter participado de apenas um desfile cívico promovido pelo município de Cosmópolis, no ano de 2010. “Mas, não deixamos de produzir algumas apresentações por conta própria. Por exemplo, todo ano, com autorização da Prefeitura, realizamos a Cantata de Natal, onde circulamos uma boa parte da cidade tocando apenas músicas natalinas. Este ano, ela acontecerá no dia 22 de dezembro”, afirma.
Gratidão
Reunir a fanfarra, viajar para tocar, a euforia dos músicos e o sentimento de ver todos os membros felizes é um dos lados mais gratificantes para José.
“Ter tornado o grupo uma ONG (Organização Não-governamental) também resultou em muitos benefícios para nós, porque visamos resgatar crianças e adolescentes, muitas vezes, de um caminho não muito bom, e levá-las para a música. Já aconteceu de professores nos procurarem para agradecer e nos parabenizar, já que um aluno seu, além de ir mal na escola, estava se envolvendo com drogas. Após adentrar na fanfarra, ele melhorou muito. Então, são atos como esses que tornam esse trabalho gratificante”, afirma.
Como participar
Qualquer interessado em participar da Força da Águia, em idade acima de 12 anos, deve procurar José Antonio na Escola Macalão, nas quintas-feiras, sextas-feiras e sábados, no período das 9h às 13h. “Os maiores de idade precisam apenas levar documentos para preencher a ficha. Já menores de idade devem ir acompanhados pelos pais para assinatura de autorizações”, esclarece.
Agradecimentos
“Esse projeto só existe por esforço do meu amigo Clovis Maldonado, que hoje administra outra fanfarra em Nova Xavantina- Mato Grosso. Ele foi muito importante em tudo isso. Hoje, estou como presidente, acompanhado pelo Jaime, na vice-presidência. As secretárias são a Sonia e a Érica, o tesoureiro é o Elias Almeida. A comissão de contas fica nas mãos da minha esposa e grande suporte, Claudia Regina, do meu irmão Selmo Ferreira e do Regis. O apoio é da Telma e da Ana Iris. As responsáveis pelo corpo coreógrafo são a Rebeca e Jennifer, que é fotógrafa junto a Eishla. Já o novo maestro é o Raphael Ribeiro da Costa.
A todos eles, tenho muita gratidão, assim como a todos os membros da fanfarra, do grupo de apoio e ao meu pastor, que sempre nos apoiou muito”, conclui.