Com a nova lei do uso do farol baixo em rodovias durante o dia, aumenta a preocupação com o bom estado dos faróis, que são bem mais utilizados agora. Nenhum motorista quer correr o risco de levar uma multa de mais de R$ 85, além dos pontos na Carteira Nacional de Habilitação. Portanto, alguns cuidados extras são necessários.
O eletricista e empresário Jessé Willian Nunes dos Santos explica que o farol precisa de regulagem quando se encontra desalinhado. “O que pode desalinhar os faróis podem ser pneus desregulados. É necessário sempre deixá-los calibrados para que eles mantenham a altura correta do veículo, e, consequentemente, dos faróis”, explica. Ao contrário do que muitos pensam, os faróis não costumam ficar desalinhados ao passarem em buracos e lombadas. “Isso só ocorre se os faróis estiverem com defeito, alguma peça solta em seu interior”, esclarece ele. As peças que podem ficar soltas são parafusos, buchas de travamento do foco do farol, responsáveis por regular o feixe de luz.
Perceber o desalinhamento é simples, e o próprio motorista consegue verificar isso. “A periodicidade depende de cada motorista. Se ele perceber que o alinhamento está um pouco fora, ele já pode procurar uma oficina autorizada para realizar a regulagem. Ele pode perceber também observando os motoristas que vêm na direção contrária, que vão incomodá-los, ou até mesmo pelo seu próprio feixe de luz, que ele mesmo pode perceber que um está mais alto que o outro. Além disso, faróis desregulados podem incomodar a visão do próprio motorista”, informa o profissional.
O especialista explica a forma mais fácil de verificar a desregulagem dos faróis, que pode ser feita em casa. “O motorista deve colocar o carro em uma superfície plana, e, na parede da frente, ele pode fazer a comparação entre os dois faróis para verificar se o feixe está desregulado ou não”, aconselha.
Após confirmar o desalinhamento, o passo seguinte é levar o veículo em uma oficina autorizada para que a regulagem seja feita. “Nesse processo, utilizamos o auxílio de uma máquina para fazer a regulagem. É importante ressaltar que cada montadora especifica uma porcentagem de regulagem; então, acompanhamos essa porcentagem do farol, indicada pela montadora de cada veículo”, afirma Jessé.
O custo depende muito do problema que o farol apresenta. “Há casos em que só precisa ser feito o encaixe. Porém, quando o farol quebra, não há outra solução a não ser efetuar a troca”, finaliza o especialista.