Felicidade resume-se a paz interior, não a um corpo perfeito, diz cabeleireira

Os padrões de beleza impostos pela sociedade se mostram prejudiciais, principalmente, para a camada feminina da população. Por serem mais ligadas ao universo de moda e beleza, as mulheres recorrem com grande frequência a formas de adentrar no padrão de peso midiático.
A cabeleireira Mariana Santos da Silva, de 28 anos, com certeza, não se encaixa nesta camada. “Sempre fui gordinha, desde pequena, e isso nunca foi um grande problema para mim”, afirma. Para a jovem, ter o corpo magro imposto pela mídia nunca foi prioridade em sua vida, já que, para ela, felicidade não se resume a aparências. “Se eu falar que nunca fui afetada por todo culto à magreza dado pela sociedade eu estaria mentindo, mas, sempre mantive em mente a seguinte questão: ‘se todas as mulheres magras são felizes como elas são, por que eu não posso ser feliz como eu sou? Por que não posso sair, me divertir, me sentir bonita? Só porque sou gordinha?“, conta Mariana.
De acordo com a jovem, felicidade se resume a paz interior, ou seja, paz com a vida que se leva, com quem se é de verdade. “A aparência nunca vai definir seu grau de satisfação com tudo. Perder dois quilos, ter uma barriga ‘chapada’ e um ‘bumbum na nuca’ não vão trazer felicidade para ninguém”, afirma.
Cabeleireira há 8 anos, Mariana afirma que estar dentro de um salão a fez repensar muito sobre conceitos relacionados ao padrão de beleza. “Todas as mulheres que pisam lá nos falam o quanto querem parecer com tal pessoa, como querem ter o corpo, a sobrancelha ou cabelo igual ao de uma artista, por exemplo. Eu sempre tento fazê-las entender que elas precisam ter a aparência de acordo com quem são e que a beleza delas também é linda!”.
E para Mariana, ter motivações é essencial. “Amo ver modelos plus size, pois vejo nelas a felicidade que eu tenho, algo motivador e admirável”, conclui.