Flexitarianismo: entenda o que é esse movimento e quais os seus benefícios

Segue-se um estilo de dieta vegetariana e que ocasionalmente consome algum tipo de carne

A população brasileira é uma das que mais consomem carnes e seus derivados no mundo, e atualmente devido aos impactos ambientais, sociais e financeiros vem crescendo o número de pessoas que estão aderindo ao Flexitarianismo, um movimento que, na maior parte do tempo, segue-se um estilo de dieta vegetariana, e ocasionalmente consome algum tipo de carne. Vale ressaltar que essa terminologia utilizada não indica que a pessoa é vegetariana, já que faz o consumo de carnes esporadicamente.
Não existe uma regra para esse estilo de alimentação, desde que se inclua alimentos vegetais e não apenas “retire” as carnes de sua alimentação. Apesar que a retirada da carne também influencia na redução do consumo de gorduras saturadas, colesterol e toxinas relacionadas à agropecuária industrial, que possui um impacto negativo à saúde. Ter uma alimentação com base de plantas é uma alternativa muito possível e acessível para toda a população, possui inúmeros benefícios à saúde, como por exemplo, o aumento de compostos bioativos e equilíbrio de nutrientes capazes de prevenir doenças e reduzir o estresse oxidativo, causador do envelhecimento precoce.
Nesta definição de movimento, é importante diversificar a alimentação e incluir grãos integrais, verduras, legumes, frutas, sementes e oleaginosas no dia a dia, além de montar pratos mais coloridos possíveis para assim ter o máximo de cores dos alimentos, tendo em vista que cada cor de alimento está relacionada a uma combinação de nutrientes, fibras e minerais.
Sendo assim, a presença ou não de proteínas animais não é um fator único para promoção de saúde, o pouco consumo de vegetais, o excesso de alimentos processados, refinados, açucarados e ricos em gorduras e conservantes também são fatores importantes a se destacar que são prejudiciais à saúde, trazendo riscos de desenvolvimento de DCNT (doenças crônicas não transmissíveis).
Também existe um movimento chamado “Segunda sem carne”, conhecido mundialmente pelo embaixador Paul McCartney, e no Brasil conhecida por ser o maior movimento utilizado em restaurantes, cantinas, escolas, e organizações, com mais quantidade de proteínas vegetais utilizadas como substituição das carnes. O objetivo deste movimento também é incluir mais variedade dos gêneros alimentícios produzidos pela agricultura familiar, estimulando o consumo de alimentos sazonais.
Para aderir ao movimento flexitarianismo aqui vão algumas dicas de alimentação:
– Substitua o velho café com leite no café da manhã por apenas café e frutas com aveia ou psyllium como fontes de fibras, ou utilize a substituição do leite por uma bebida vegetal (bebida vegetal de coco, de castanhas, nozes etc.), podendo ser utilizado também para preparar shakes e smoothies.
– Já no almoço e jantar, substitua as carnes por combinações de cereais com leguminosas, como feijão, grão de bico, lentilha, ervilha, que são fontes de proteínas vegetais e de fácil acesso à população. Lembre-se da variedade de legumes também, incluindo os vegetais verde escuros (brócolis, agrião, couve, espinafre) para fornecer cálcio e ferro. Acrescente uma fonte de vitamina C (laranja, mexerica, melancia, morango, limão) para melhorar a absorção de ferro da refeição. Uma boa opção para aumentar o aporte de nutrientes é incluir o azeite de oliva e as sementes, como semente de abóbora, linhaça e gergelim, fornecendo o ômega 3 como antioxidante. Para substituir os ovos, pode-se incluir o tofu, colocando ervas e especiarias como orégano, chimichurri e cúrcuma, preparando de diversas formas, mexido, assado, grelhado.
Existem inúmeras possibilidades de aderir a esse movimento que só beneficia a nossa saúde. Comece com o que você tem disponível em sua casa e procure ajuda de um nutricionista qualificado para te auxiliar com a sua alimentação.

Dra. Larissa Fernanda da Silva – Nutricionista
CRN3 – 61314
Instagram: @larissafernanda.nutri
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