Fogos de artifício e pets: seriam bonitos se não fossem trágicos

Veterinária explica como amenizar o sofrimento e os danos à saúde que os fogos causam aos animais

Todos os anos, um grande problema relacionado ao bem-estar animal vem à tona quando chega a época das festividades de fim de ano. Mesmo com todas as campanhas e ações proibitivas, muitas pessoas insistem em soltar fogos de artifício, o que causa grande sofrimento aos animais devido ao alto ruído gerado, e além de prejudicar a audição geralmente deixa os animais em estado de choque, o que pode ser muito perigoso e, algumas vezes, até fatal para eles. Enquanto as pessoas não se conscientizam, o melhor a ser feito é tomar algumas medidas para que o pet não sofra tanto, não se machuque e nem acabe fugindo. Para isso, confira as dicas da médica veterinária Natália Idalgo.
“Se o animal tem medo dos fogos, o ideal é que esteja acompanhado de alguém que lhe passe confiança. O ideal é ficar em um cômodo onde não tenha portas e janelas de vidro, já que ele pode tentar passar e se cortar”.

Como acalmá-los
“Existem medicamentos que podem ser prescritos pelo veterinário, mas, normalmente, precisa começar a tomar antes para fazer efeito no dia. Colocar algodão ou protetores auriculares também pode ajudar. Assim como colocar músicas relaxantes ou ligar a televisão para tentar distrair do barulho dos fogos”.

Como evitar fugas
“Também é importante se certificar que o animal não tente escapar para a rua devido ao barulho, feche janelas, portas e portões. Muitos animais fogem e se perdem nesta época do ano devido ao estresse do barulho dos fogos. Colocar placa de identificação com o telefone do tutor é uma boa dica também, principalmente, para gatos, que conseguem escapar com mais facilidade. Não deixem os cães amarrados ou acorrentados; na hora do barulho, eles podem acabar se machucando mais por estarem presos. Podem se enforcar na corda ou corrente”.

Cães epilépticos
“No caso de cães epiléticos, separe dos demais cães, pois caso tenha convulsão devido ao barulho, os demais cães podem atacá-lo”.

Natalia Idalgo de Queiroz
Médica Veterinária
CRMV – SP 23.967