A dicção é um dos âmbitos da fala em que mais enfrentamos problemas, seja pela vício linguístico, pela troca de algum fonema ou letra, ou problemas diretamente ligados à comunicação.
A fonoaudióloga Thamara L. Rahmé Canuto explica que um dos maiores erros que corroboram para uma má dicção é a pressa de falar, o que resulta em dificuldades de realizar uma boa articulação das palavras. “Muitos não se preocupam com a fluência de sua fala. A facilidade de escrita e de interação por redes sociais fez com que muitos parassem de se comunicar verbalmente”, explica.
A dificuldade em pronunciar palavras possui tratamento. Thamara Rahmé explica que há grande necessidade da procura de um fonoaudiólogo, que fará uma avaliação correta para identificar algum problema de língua. “Às vezes, a pessoa possui alteração no frenulo lingual, ou a famosa língua presa, o que pode colaborar para que sons e palavras não saiam de maneira clara, como, por exemplo, as letras R e L”.
A musculatura flácida também é uma das causas da má dicção, visto que a condição não permite que a língua se posicione de maneira correta para a pronuncia das palavras. “A fonoaudiologia consegue corrigir isso através de exercícios, dinâmicas e terapias. Logo, uma pessoa que não consegue falar o R de maneira certa será tratada com exercícios para melhorias na musculatura, que resulta no melhor desempenho da língua”, explica.
Qual melhor período para
corrigir problemas de fala?
Segundo Thamara, a infância é o período ideal de tratamento para problemas linguísticos e de fala, principalmente, quando a criança começa a adquirir os sons e fonemas. Em casos de trocas de letras ou omissões de sons, é importante que haja a procura de um fonoaudiólogo. “Isso pode evitar problemas no processo de alfabetização da criança, já que, caso não seja corrigido, pode influenciar na escrita e leitura da mesma, pois se sentirá confusa com relação a sua fala”, pondera.
Thamara L. Rahmé Canuto
CRFa. 18017
Fonoaudióloga
Atendimento: Clínica
Cemetra, Cosmópolis;
Clínica Cáritas, Artur
Nogueira
A plasticidade cerebral também colabora para tornar o período ideal na correção da fala, já que a criança aprende com mais facilidade. Entretanto, o adulto também pode ser tratado conforme sua condição.
Exercícios para melhora da dicção
A fonoaudióloga afirma que os exercícios para melhora na fala variam de acordo com a condição do paciente, mas, no caso de pessoas que apenas desejam melhorar sua maneira de comunicação, recomenda o uso de uma caneta entre os lábios enquanto fala para soltar a musculatura dos lábios. “Isto é ideal para quem possui problemas em articular a boca, tornando a fala presa e não clara”, conclui.
