O “Minha Vida, Uma História” desta semana é com a enfermeira Francisca Maria da Silva, de 55 anos.
Francisca nasceu na cidade de Porteiras – CE, e afirma ter vindo para São Paulo ainda muito pequena. “Quando eu tinha em torno de três anos de idade, minha família mudou-se para Castilho – SP. Passei minha infância inteira por lá”, conta.
A vinda para Cosmópolis aconteceu no ano de 1987, quando Francisca já encontrava-se formada e trabalhando. “Eu havia feito um curso de assistente de enfermagem na cidade vizinha. Vim para Cosmópolis atuar na área, já que, em Castilho, eu não possuía muitas oportunidades de emprego”, explica.
Já estabelecida na cidade, Francisca conseguiu um cargo no Hospital Beneficente Santa Gertrudes, hoje Santa Casa. Na época, ainda como assistente de enfermagem, ela afirma ter passado por grandes dificuldades, já que não possuía experiência o suficiente para lidar com casos sérios, e que exigiam muito mais do que aferir pressão.
“O tempo foi passando e eu tive a oportunidade de me especializar na área e crescer dentro dela. Formei-me em enfermagem pela Universidade Anhanguera e passei a trabalhar na Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCC). Continuei a estudar e, após cursar enfermagem do trabalho, comecei a trabalhar na Teka”, conta Francisca.
E foi trabalhando com saúde ocupacional que a enfermeira se descobriu na profissão. “Gosto de enfermagem em um geral, mas, prefiro estar imersa no universo trabalhista. Dentro de uma ala hospitalar, a preocupação é maior e, muitas vezes, a dor de perder um paciente também é. Na saúde ocupacional, lidamos com pessoas sadias que precisam continuar como estão”.
O trabalho na Teka, oficialmente, durou 20 anos. Francisca deixou seu posto no ano de 2016 e, hoje, trabalha com Home Care (serviço de atendimento em domicílio). “Aplico medicação em dois idosos. São apenas quatro horas por dia, mas, gosto muito de estar com eles”, afirma.
Já a paixão pela área de enfermagem nasceu de uma brincadeira. “Eu e mais quatro colegas entramos no curso por insistência de uma de nós. Apenas três de todas que se comprometeram seguiram a carreira de enfermagem. Eu fui uma delas; e, para minha felicidade, apaixonei-me pela profissão”.
Hoje, com 55 anos, casada e mãe de três filhos, a enfermeira se diz uma pessoa realizada. “Não posso reclamar de nada em minha vida. Tive uma infância pobre, mas, digna. Cresci e conquistei tudo o que tenho com muito esforço, por isso, dou valor e sou grata por tudo!”, finaliza.
Francisca Maria da Silva
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