Fratura do cotovelo em crianças

“As fraturas supracondilianas são as fraturas do cotovelo mais comuns nas crianças (70% dos casos). Quase todas são causadas por trauma acidental, sendo a queda de altura responsável por 70% do número total.

As crianças com menos de 3 anos de idade, geralmente, machucam-se ao cair da cama, de um móvel ou da escada, ao passo que as crianças com mais de 3 anos de idade, geralmente, caem de brinquedos, como balanço ou outros equipamentos do playground.

Como é feito o diagnóstico?
Quando uma criança sente dor no cotovelo e não consegue usar o braço após uma queda, deve-se suspeitar de uma fratura no cotovelo ou do antebraço. As radiografias confirmam o diagnóstico.

Como é o tratamento?
Fraturas sem desvio podem ser tratadas com gesso por 3 semanas, mas, fraturas desviadas, geralmente, precisam de tratamento cirúrgico com redução da fratura sob anestesia e fixação com fios de aço, muitas vezes, sem a realização de incisões na pele.

Como é a fisioterapia para a fratura do cotovelo nas crianças?
Após a retirada do gesso ou imobilização, o ortopedista irá avaliar a mobilidade do cotovelo.
Diferentemente dos adultos, nem todas as crianças precisam de tratamento fisioterápico para restabelecer a mobilidade do cotovelo.
As crianças muito pequenas, abaixo dos 5 anos de idade, podem recuperar a movimentação do cotovelo sem fisioterapia. As atividades do dia-dia, como comer, brincar, vestir-se são suficientes para o restabelecimento da função da articulação.
Em crianças maiores que 5 anos e especialmente aquelas com dor e rigidez do cotovelo, o tratamento com fisioterapia ou com uma terapeuta ocupacional é muito importante para restaurar a movimetação e força do cotovelo.

Procure um especialista de ombro e cotovelo e um fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional acostumado a tratar casos como estes.

Leonardo B. Kowalesky
Ortopedista e
Traumatologista
CRM 137295

Dra. Renata Senna Kowalesky, CRM 140.080

Quais as complicações?
As principais complicações são lesões vasculares e neurológicas, lesão da cartilagem de crescimento do cotovelo e consolidação em uma posição inadequada.
Estas duas últimas complicações podem levar a deformidades do alinhamento do cotovelo e podem ser minimizadas ou evitadas com uma redução adequada do foco de fratura”.

Por Dra. Renata de Senna Kowalesky, CRM 140.080, e Dr. Leonardo Kowalesky,
CRM 137.295