Fraturas na terceira idade têm recuperação mais difícil e pedem cuidados

Risco de infecção e falta de mobilidade são um alerta nessa faixa etária

Estima-se que 1 em cada 3 indivíduos com mais de 65 anos sofrerá pelo menos uma queda ao longo da vida.
Além das fraturas serem mais recorrentes nessa faixa etária, os riscos também aumentam, necessitando de cuidados redobrados.

Entendendo o risco
É sabido que a chance de fraturas aumenta com o avançar da idade, principalmente, aquelas decorrentes da osteoporose, uma doença muito prevalente nos idosos. Os locais mais acometidos por fraturas são: punho, úmero (osso que liga o ombro ao cotovelo), corpo vertebral e quadril, sendo que o principal gatilho para fraturas são as quedas.
As quedas ocorrem em consequência de fatores intrínsecos e extrínsecos. “Os fatores intrínsecos incluem idade, redução da acuidade visual, tontura, distúrbios do equilíbrio e da marcha.
Já os fatores extrínsecos relacionam-se às condições de piso, iluminação, escadas, barreiras físicas e etc…”, esclarece a fisioterapeuta Dra. Monique Paula Reis.
Entre os riscos de fraturas em idosos está a alta taxa de hospitalização e internação de longa permanência. “A queda pode ser um marcador de doença aguda, manifestação de doença crônica ou progressão desta”, diz a fisioterapeuta. Restrição de mobilidade, incapacidade funcional, isolamento social e insegurança também são consequências comuns, que podem culminar em outros eventos prejudiciais à saúde e qualidade de vida dos idosos.
O tempo de recuperação é maior, pelo fato do idoso ter a saúde naturalmente mais comprometida. Ocorrem riscos altos de infecção hospitalar.
“A fratura em locais como quadril e coluna pode impedir o paciente de se locomover durante o período de recuperação, ou então, comprometer essa mobilidade de maneira crônica”, fala a profissional.

Problemas na falta de mobilidade
A impossibilidade de se locomover adequadamente pode deixar os ossos ainda mais frágeis e favorecer novas fraturas, além de causar dor crônica, perda da independência, restrições sociais e isolamento.
“O impacto sobre a qualidade de vida pode ser devastador e o impacto psicológico grave”, afirma Dra. Monique.
Evitando fraturas
“É possível reduzir o risco de quedas adotando algumas mudanças na casa do idoso, identificar dificuldades de mobilidade, visitas frequentes ao medico especialista e entender se é necessária a presença de um cuidador, para auxiliar o idoso em suas tarefas diárias”, finaliza.
Para garantir a segurança do idoso e reduzir ainda mais o risco de fraturas recomendo a prática de exercícios físicos, tais como o PILATES.
Exercícios físicos são importantes em qualquer idade, mas idosos podem ter dificuldades para pratica-los. Os ossos e músculos perdem força e exercícios de alto impacto podem ser problemáticos para as articulações.
O Pilates possui a vantagem de não ser um exercício de alto impacto. O esforço é reduzido, as repetições são poucas, mas o exercício ainda está lá e faz a diferença na saúde.
Os benefícios do Pilates podem ser aproveitados por idosos, melhorando o equilíbrio, respiração, circulação e força muscular.

Dra. Monique P. Reis

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